Com um montante de investimento superior a 220 mil euros, o projecto de lançamento da marca "Vinhos do Tejo" no mercado nacional e internacional, tem como objectivo introduzir e afirmar a nova marca "Vinhos do Tejo".
Esta servirá de chapéu para os vinhos de todos os produtores da região e estimulará a sua presença no mercado nacional e internacional.
Este Projecto foi financiado pelo QREN, no âmbito do Sistemas de Apoio a Acções Colectivas do COMPETE (Programa Operacional Factores de Competitividade), através do Sistema de Apoio às Acções Colectivas no montante de 227 523 mil euros, dos quais 150.266 mil euros são provenientes do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).
Promovido pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, este projecto tem como objectivo central lançar a marca/região " Vinhos do Tejo" no mercado nacional e internacional.
Trata-se da criação dum património colectivo e intangível: a marca regional, que contribuirá para melhorar a competitividade de um conjunto alargado de agentes económicos (na sua grande maioria micro e pequenas empresas). O seu impacto abrange potencialmente a totalidade dos 2400 produtores de vinhos da região, na medida em que todos eles irão beneficiar com uma melhor valorização da marca-região.
Este projecto dirige-se ao mercado nacional e, sobretudo ao mercado internacional. A extrema competitividade e pulverização do negócio dos vinhos, quer no mercado nacional quer no mercado internacional, e em especial com a entrada dos novos países produtores (Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Chile, Argentina, entre outros), implica a necessidade de encontrar estratégias sinérgicas que permitam dotar as PME de instrumentos de marketing e em especial duma marca/região que as projecte em termos de notoriedade e imagem.
Campanha de Lançamento
- Objectivos
O Objectivo central é o de lançar a nova marca região " Vinhos do Tejo" no mercado nacional e internacional no contexto da transição do Vinho Regional Ribatejano para Vinho Regional Tejo. A marca regional, contribuirá para melhorar a competitividade de um conjunto alargado de agentes económicos (2400 produtores de vinhos da região) dotando-os de instrumentos de marketing que as projectem em termos de notoriedade e imagem.
- Metas
1. Duplicar o volume das certificações em 5 anos;
2. Duplicar o volume de exportações dos vinhos certificados da região;
3. Criar uma marca/região com notoriedade e imagem positiva (diferenciadora e relevante).
- Públicos-Alvo
- Profissionais do sector/opinion makers, do mercado nacional e internacional, designadamente, jornalistas, profissionais da distribuição, profissionais da restauração
- Consumidores em geral.
- Eixos de Intervenção
- Definir e validar uma estratégia de comunicação para a marca/região "Vinhos do Tejo".
- Produzir materiais/suportes para actividade promocional em eventos nacionais e internacionais: site, Stand-ups; folhetos bilingues, Filme de apresentação ( bilingue);
- Assegurar a presença da marca/região na comunicação social nacional: publicidade na imprensa especializada nacional, press release, eventos para jornalistas.
- Assegurar a presença da marca/região na comunicação social internacional: press release internacional, publi-reportagem em imprensa especializada.
- Divulgar e Promover a marca / região na restauração- no contexto local e nacional.
- Seminários para profissionais da restauração, concurso " Iguarias e Vinhos do Tejo" dirigido à restauração local.
Exportação
Em 2011, o desempenho global ao nível das exportações de vinhos do Tejo para o mercado internacional (União Europeia e países terceiros) ultrapassou os 6,6 milhões de garrafas, consubstanciando um aumento de 74% face ao desempenho do ano anterior.
As expedições para a União Europeia aumentaram mais de 125%, para os cerca de 3,5 milhões de garrafas, enquanto que para os países terceiros foram exportadas mais de 3,2 milhões de garrafas, equivalentes a um aumento na ordem dos 38%.
Entre os países da União Europeia, que importaram em 2011 um total de 3,49 milhões de garrafas de vinhos do Tejo, os mercados mais activos foram o sueco e o inglês, que registaram crescimentos de 494% e 81%, respectivamente, tornando-se no segundo e terceiro mercados a nível global que mais vinhos do Tejo consumiram.
Fora do perímetro da União Europeia, Angola surge como o maior “cliente” mundial de vinhos da região, tendo em 2011 adquirido mais 60% de garrafas do que em 2010, tendo ultrapassado os 2 milhões de garrafas importadas.
Destaque ainda para a China, que é já o quarto mercado internacional que mais vinhos do Tejo consome, ao ultrapassar em 2011 o meio milhão de garrafas adquiridas, mais 20% do que no ano anterior.
Produção e Certificação
Enquanto entidade certificadora, a CVR Tejo autenticou, em 2011, mais de 3,4 milhões de garrafas do que em 2010, ultrapassando os 15,5 milhões de selos fornecidos, o que se traduziu num aumento da taxa de certificação na ordem dos 28%.
Prémios
Nos concursos nacionais e internacionais de 2011, os vinhos do Tejo arrecadaram 74 medalhas, 13 das quais de ouro, conquistadas em competições como o Concurso Nacional de Vinhos, Vinalies Internationales, Berliner Wein Trophy e Concours Mondial de Bruxelles.
Ainda no último ano, a revista americana Wine Enthusiast – uma das mais prestigiadas publicações mundiais na área de vinhos – elegeu o vinho do Tejo ‘Ikon Chardonnay / Trincadeira das Pratas Branco 2008’, produzido pela Fiúza & Bright, o 6º melhor do mundo e o melhor entre os vinhos portugueses no ano 2011, no âmbito do ranking dos 100 vinhos que considerou os mais “especiais” do ano, ou seja, néctares que, apesar de não serem de consumo corrente, deveriam ser bebidos com mais frequência.
Refira-se que, entre os seis vinhos portugueses presentes neste ranking, está ainda um outro vinho produzido na região do Tejo – o ‘Padre Pedro Reserva Tinto 2007’, da Casa Cadaval.
De destacar também que a mesma publicação escolheu os vinhos do Tejo ‘Azul Portugal Tinto 2008’ e ‘Marquesa de Cadaval Tinto 2007’ para figurar no top 100 dos néctares que considerou serem as “melhores compras” e “melhores vinhos de guarda” de 2011, respectivamente.
Além destas distinções, o júri da Wine Enthusiast classificou mais 15 vinhos do Tejo com 90 ou mais pontos.
Em matéria de prémios e reconhecimento, recorde-se também 2010, um ano marcante para os vinhos do Tejo.
No Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados daquele ano, o tinto ‘Quinta da Lapa Reserva 2008’, produzido na Azambuja, pela Agrovia, conquistou o prémio IVV (Instituto da Vinha e do Vinho), galardão que distingue o melhor vinho português, isto é, aquele que entre todos os presentes na competição obtém a mais alta pontuação.
No ‘International Wine Challenge 2010’, o mais mediático concurso de vinhos a nível mundial, o ‘Tributo Tinto 2008’, vinho produzido por Rui Reguinga Enologia, esteve em destaque, ao integrar o restrito lote de 52 vinhos tintos que receberam o ‘Trophy’, galardão de nível mais elevado atribuído pelo concurso londrino.
Curiosidades sobre a Região Vitivinícola do Tejo
O rio Tejo marca a região, na qual existem 3 zonas vitivinícolas distintas:
- Bairro, situado na margem direita do rio, apresenta dois tipos de solos: argilocalcários, em ondulados irregulares onde domina a vinha e a oliveira; e solos de xisto numa pequena área a norte de Tomar.
- Charneca, localizada na margem esquerda do Rio Tejo, com solos arenosos e medianamente férteis. Se por um lado apresenta rendimentos abaixo da média da Região, por outro lado induz a um afinamento, quer de vinhos brancos quer de vinhos tintos.
- Lezíria, com as suas extensas planícies, adjacente ao Rio Tejo, sujeita a inundações periódicas as quais são responsáveis pela maior fertilidade dos solos de aluvião.
Na região do Tejo existem actualmente cerca de 19 mil hectares plantados de vinha (representam cerca de 8% do total nacional), que produzem anualmente, no total, cerca de 500 mil hectolitros de vinho (representam cerca de 8% do total nacional). Destes, são certificados cerca de 120 mil hectolitros, dos quais 90% são vinho regional e 10% são vinhos com Denominação de Origem
Controlada (DOC).
Da produção dos vinhos da região do Tejo (DOC e Regional) 43% destinam-se à exportação (União Europeia e países terceiros).