O documento, que junta economia e ambiente, abrange 83 iniciativas, distribuídas por dez sectores, e apresenta 14 metas quantificadas projectadas para 2020 e 2030, das quais o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, destacou o “crescimento do emprego no sector [verde] a um ritmo de 4% ao ano, bem como a aposta nos transportes públicos”.
Sobre as principais iniciativas a desenvolver, Jorge Moreira da Silva salientou também a reciclagem e reutilização, gestão florestal sustentável, as interligações europeias — “que tornarão Portugal um fornecedor europeu de energia renovável e uma porta de entrada de gás natural na União Europeia” —, a reabilitação urbana e a reforma do ordenamento do território.
A sensibilidade portuguesa na área das alterações climáticas, a aposta do Compromisso Verde na economia circular e a necessidade de aproveitar o que "a sociedade portuguesa contém", no âmbito de uma área verde que está "plenamente alinhada com o crescimento e com as principais transacções de bens e serviços" foram outros aspectos mencionados pelo governante.
Acolhido de forma voluntária por Portugal e tendo sido reconhecido como exemplo de boas práticas pela União Europeia e pelas Nações Unidas, este Compromisso Verde “é um contrato que coloca o ambiente no centro das políticas públicas, sendo um compromisso que envolve também as gerações futuras”. Para Jorge Moreira da Silva, o crescimento verde é “o pilar” do novo modelo de desenvolvimento sustentável, que demonstra a vontade do governo em se afirmar como uma referência mundial neste sector.
Esta estratégia multi-sectorial e a longo-prazo, apresentada em Setembro do ano passado, tinha vindo a ser trabalhada, desde Fevereiro de 2014, por Organizações Não Governamentais, associações profissionais, sector financeiro e administração pública; e envolve tanto metas ao nível da densidade energética, água, emissões de carbono, renováveis e resíduos, como também objectivos ligados ao VAB verde e exportações.