A França é um dos maiores mercados para os produtos têxteis e de vestuário portugueses, com as exportações nos primeiros seis meses de 2012 a registarem um aumento de 88,5% em comparação com o período homólogo de 2011 (dados ATP), atingindo os 252,9 milhões de euros. O vestuário e acessórios em malha são a principal exportação lusa para o Hexágono (39% de todas as exportações da ITV para o país) e, no primeiro semestre, cresceram 97,7%, para mais de 98,6 milhões de euros, revelando a confiança crescente na produção “made in Portugal”. Os tecidos de malha (mais 91,6%) e os tecidos especiais, tufados, rendas e bordados (mais 212,2%) foram outras duas categorias com forte procura na primeira metade de 2012.
«Crescemos mais de 25% em França no primeiro semestre relativamente a igual período de 2011», revela Ana Vaz, gestora de mercado da Riopele, uma das empresas portuguesas especializadas em tecidos que expõe na Première Vision. Para continuar na senda do crescimento no mercado francês e no mundo, a Riopele aposta numa coleção para o outono/inverno 2013-2014 que tem como grande novidade os tecidos jacquard e onde ainda brilham tecidos duplos e tecidos muito elásticos, duas tendências em voga na estação fria do próximo ano. De igual forma, a inovação dá o mote nas novas propostas de tecidos da Teviz, tanto no design como na tecnologia de processos e produtos, destacando-se «uma flanela com acabamento de aloé vera, misturas de algodão/lã e algodão/modal e tecidos com fios de fantasia como bocolet e borboto», enumera o diretor comercial Paulo Loureiro.
Por seu lado, a Haco Etiquetas anuncia um regresso em grande à ModAmont, depois de oito anos ausente. «Decidimos voltar com toda a força e investir ao máximo em feiras e na divulgação da imagem Haco», explica a coordenadora comercial Nélia Ochner. A especialista em acessórios preparou, para isso, um extenso rol de novidades onde se distingue nomeadamente «o Silk Damask, por ser ideal para detalhes extremamente complexos, dando requinte e legibilidade à etiqueta», acrescenta Nélia Ochner.
Também na Zoom by Fatex, a presença portuguesa foi reforçada com novos expositores com a Figfort, que mostra nesta estreia muito esperada o seu vasto know-how sob duas vertentes: «com a confeção em "private label" e com a nossa marca própria», indica Joaquim Malafaia, CEO da Figfort. Já a Raith, uma presença desde a primeira edição deste salão continua a apostar forte na roupa ” amiga” do ambiente. «Como habitualmente, a nossa atenção vai para as matérias-primas orgânicas e a novidade deste ano é uma linha de vestuário 100% linho», revela Joaquim Rodrigues, gerente da Raith, que detém o Rótulo Ecológico Europeu.
A participação das empresas portuguesas António de Almeida & Filhos/Tearfil na Expofil; A. Sampaio, Arco Têxteis, Adalberto Estampados, Fábrica de Tecidos Vilarinho, Fitecom, Lemar, Living Colours, LMA, Lurdes Sampaio, Paulo de Oliveira, Penteadora, Riopele, Somelos Tecidos/ITS, Tessimax, Teviz, TMG e Troficolor na Première Vision; Folhos e Plissados, Haco e Idepa na ModAmont e A. J. Gonçalves, Custoitex, Figfort, Orfama, Raith e Squarcione, na Zoom by Fatex realiza-se no âmbito do projeto From Portugal da Associação Selectiva Moda, financiado por fundos comunitários (QREN). Esta feira de tecidos é uma das 68 ações internacionais em 25 mercados distintos previstas para o corrente ano, que incluem ainda neste segundo semestre a Textillegprom na Rússia, a Jitac no Japão e a Intertextile Shanghai Apparel Fabrics na China, num investimento total de 8,85 milhões de euros em 2012.
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