Num contexto de fim doe ciclo de programação 2007-2013, o COMPETE publicou os resultados das últimas fases dos concursos no âmbito dos Sistemas de Apoio à Inovação, à Investigação & Desenvolvimento e Qualificação PME, num total de 314 projetos apoiados, correspondendo a 580 milhões de investimento elegível e a 306 milhões de incentivo FEDER.
Sendo o COMPETE o programa que, pela sua missão, se orienta para as empresas, os resultados agora publicados permitem concluir que os objetivos do programa estão a ser prosseguidos, nomeadamente no que respeita à qualificação do tecido produtivo; à orientação para mercados externos; à promoção de uma economia baseada no conhecimento e na inovação.
No total dos projetos aprovados, a inovação produtiva representa 88% do total do incentivo, sublinhando neste caso tratar-se de incentivo reembolsável. Este conjunto de 159 projetos, perspetivam a criação de cerca de 4 mil postos de trabalho e concluído o projeto é expectável que aumentem, no global, o volume de negócios em 1,7 mil milhões de euros e em 1,5 mil milhões de euros o volume de exportações, destacando-se o setor industrial.
Projetos fortemente inovadores (ao nível de processos e produtos) como o da AADITYA INTERNATIONAL, SA ou da SUNFISH PORTUGAL, LDA ( energias alternativas para exportação), projetos de criação de novas unidades de negócio orientadas para o mercado global como a empresa J&J TEIXEIRA, SA, e projetos de criação de novos produtos como o caso da empresa VICAIMA, são alguns exemplos deste conjunto de 159 projetos aprovados no Sistema de Incentivos à Inovação.
Os projetos apoiados no âmbito do sistema de incentivos I&DT (projetos individuais e em co-promoção) representam 29% no total dos projetos apoiados e 9% do Incentivo atribuído. São projetos que representam a aposta significativa do programa no objetivo estratégico de promoção da economia baseada no conhecimento e na inovação em Portugal, designadamente pelo apoio massivo à I&D (em particular de base empresarial), à promoção da articulação entre as empresas e os centros de saber e à inovação de produto e ou/ processo.
Este trabalho continuado de aproximação entre empresas e centros de saber e a consciência de que a competitividade depende da diferenciação, marca a aposta de empresas que por esta via se reinventaram.
O caso da Vista Alegre Atlantis, uma empresa com 180 anos de tradição num sector produtivo de forte concorrência e cujos bens apresentam ciclos de vida curtos, sujeitos ao gosto dos consumidores e ao acompanhamento das tendências da moda, que encontrou na I&D um aliado para desenvolver novos produtos, conta com o projeto High Class Hotelware (HCH), também financiado pelo COMPETE e que visa o desenvolvimento de uma nova linha de produtos de porcelana para o sector da hotelaria, com base numa pasta e num vidrado significativamente melhorados, que lhe confiram maior resistência mecânica e maior resistência ao risco face aos produtos atualmente existentes, a preço competitivos.
O caso da Ernesto Morgado S.A, empresa fundada em 1920, e que considera a I&D e Inovação como essencial para a prossecução da sua estratégia de crescimento e liderança competitiva, com o projeto Inovarroz, apoiado pelo COMPETE, pretende o desenvolvimento de uma gama de sobremesas com base em arroz com longo tempo de vida, sem necessidade de rede de frio, incluindo produtos com características dietéticas e funcionais inovadoras, permitindo, deste modo, maximizar o potencial de exportação.
Os projetos aprovados no Sistema de incentivos Qualificação e Internacionalização de PME (63 projetos, de investimento elegível e 10,9 milhões de euros de incentivo), são na sua essência projetos de internacionalização de empresas PME e conquista de novos mercados.
A título de exemplo, refere-se o caso da Bikeemotion, que, na sequência de um desenvolvido no âmbito de um projeto I&DT apoiado pelo COMPETE, e que agora a empresa, com um projeto de Internacionalização, procura colocar o seu produto no mercado internacional.
Por último, no que respeita à distribuição geográfica do montante de incentivo global aprovado, verifica-se uma predominância das Regiões Norte e Centro, que representam, respetivamente, 48% e 36% do montante total de incentivo aprovado.