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Empreendedores: como dar a conhecer o negócio a custo zero

04.03.2013

Redes sociais são um veículo gratuito de publicidade. Precisam é de ser bem utilizadas. Facebook domina preferências.

Símbolo "Like"
Símbolo "Like"

Não há nada como reter os conselhos de quem é empreendedor de sucesso, se queremos ser também um. Pode começar um pequeno negócio com poucos custos. Também se pode lançar numa coisa maior, se tiver capital. Mas uma coisa é certa: a importância das redes sociais é transversal, num e noutro caso.

E é, ainda para mais, um veículo de publicidade gratuito. Quantas empresas conhece que ainda não têm Facebook? Algumas até ainda só têm Facebook, deixando o site para depois. Tudo depende do propósito do seu negócio e do investimento que pode e quer fazer.

Por exemplo, A Padaria Portuguesa, já com 13 lojas, preferiu apostar sobretudo no Facebook, apesar de ter também uma webpage exclusivamente informativa, sobretudo com contactos e localizações das lojas.

«Em Portugal, há uma propensão elevadíssima para consumir tecnologias e os utilizadores da Internet tendem a convergir com população total. É interessante canalizar comunicação para esta ferramenta», faz notar Nuno Carvalho, um dos sócios.

Não tem uma pessoa dedicada em exclusivo ao Facebook. «Somos todos relativamente polivalentes. Para nós é prioridade responder aos clientes. Não é por termos já 13 lojas e 40 e tal mil fãs no Facebook que perdemos o contacto». Esta é uma premissa importante.

Conta-nos uma história: num fim-de-semana postou uma fotografia tirada na fábrica, com padeiros a decorar bolo rei com frutas cristalizadas para o dia dos reis. «Houve um cliente que fez um comentário a dizer que comprou um bolo rei na loja da Graça, que estava duro, e eu imediatamente respondi-lhe a pedir desculpas pelo sucedido, que possivelmente ou gerente de loja tinha deixado passar o dia de validade, ou o que terá acontecido é que estava numa das zonas de vitrine de frio e endureceu. Prontamente respondemos que lhe oferecíamos um bolo e o cliente foi lá levantar. Agilizamos o processo com toda a facilidade, minimizando estas situações desagradáveis, que às vezes acontecem». Nada como ter uma equipa «flexível e ágil» para responder em conformidade.

Pode ter um produto bestial, mas se for mal comunicado, de nada serve. O Facebook tanto pode construir como destruir. «As pessoas têm de saber utilizá-lo da melhor maneira. O mundo todo está ligado a essa ferramenta. É preciso saber tirar proveito dela. Não te custa dinheiro e tem um alcance brutal - não é só Portugal, é o mundo todo», diz Susana Albiero, d'O Meu Monstrinho.

«Hoje em dia, quando uma coisa é lançada, em poucas horas tem um alcance de milhares de pessoas. Dependendo do produto, pode ser melhor ter um Facebook do que um site, porque o segundo pode não ter, de repente, a mesma visibilidade».

Mas claro que as duas coisas se complementam. O Facebook permite ter «um retorno quase imediato, porque o cliente ali fala e o possível cliente pergunta, enquanto num site esse retorno é mais imediato», frisa Alexandra Capelo, da Aladina - Receitas de Génio.

E, para um empreendedor que continua a ter uma outra profissão, já que tem pouca disponibilidade, o Facebook «é uma forma muito mais imediata de pôr aquilo a mexer», nota Maria Pimentel, da Eva Maria.

«E se o Facebook acabasse hoje? Como é que eram os nossos projetos? Tinham continuidade ou não?». Estas perguntas pairam sempre na mente de Graça Martins, da Bainha de Copas.

«É sempre bom garantir presença a várias dimensões», defende. «O Facebook tem uma dimensão mais ágil. O site tem uma dimensão credibilizadora; é quase um assumir que o negócio passou de um hobby para uma presença mais estável, com outro arcaboiço. As duas coisas têm de se complementar».

Se tiver de partir para um site, não desespere com o investimento. Pode pedir quem lhe faça, é verdade. Mas também pode tentar você mesmo. Como no caso da Aladina. Decidiu ter o mínimo investimento possível em dinheiro e por isso descarregou o Wordpress.

O investimento é outro: tempo. Para aprender a fazer um site com as próprias mãos.

In: TVI 24.