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Moda é prioritária para a UE

27.12.2013

A União Europeia quer que as indústrias da moda e do luxo contribuam com 20% para o PIB europeu até 2020. Já que é incapaz de competir em quantidade contra colossos como os EUA, China, Rússia ou Brasil, a Europa deve competir pela qualidade, segundo Antonio Tajani.

Moda é prioritária para a UE
Moda é prioritária para a UE

O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Indústria e Empreendedorismo afirmou, em conferência de imprensa na capital britânica, que o sector da moda e do luxo deverá contribuir 20% para o PIB europeu em 2020. Tajani sublinhou que, como parte do processo de reindustrialização do Velho Continente, o sector da moda «é chave» e tem grande potencial de crescimento.

«É impossível competir em quantidade com os EUA, China, Rússia ou Brasil, mas podemos competir em qualidade e por esse motivo é importante apoiar o sector mais importante em termos de qualidade: a moda», defendeu.

Tajani apresentou em Londres um plano de ação para potenciar estas indústrias criativas e conseguir que, em menos de uma década, aumentem de 3% para 20% o seu contributo para o Produto Interno Bruto (PIB) comunitário. O vice-presidente da Comissão Europeia reuniu-se no local com alguns dos principais atores do mundo da moda e do luxo, entre os quais responsáveis do Harrods, Walpol British Luxury, Comité Colbert, Louis Vuitton, Altagamma, Christian Dior, Cartier, Hermès, Prada, Armani e Burberry, para além de associações profissionais europeias.

O plano de ação proposto, resultado de várias reuniões prévias noutros países, ambiciona melhorar a competitividade das empresas europeias com medidas como «a luta contra a falsificação de marcas, proteção dos direitos de propriedade intelectual e acesso a apoios financeiros e mercados internacionais», resumiu Antonio Tajani.

O projeto inclui 11 medidas, nomeadamente aumentar a cooperação entre a indústria e a formação e educação profissionais; divulgar entre os jovens as oportunidades de emprego no sector; potenciar a inovação nas tecnologias de informação e comunicação (TIC); incentivar a criatividade e apoiar o desenvolvimento de “clusters” ou núcleos geográficos onde estão concentradas essas empresas. Visa ainda combater a contrafação; incentivar a internacionalização das PME’s; melhorar o acesso ao capital; fomentar o diálogo com parceiros comerciais chave, como os EUA, a China e o Brasil; lutar contra a etiquetagem fraudulenta nos artigos de couro e criar uma oferta turística que potencie os produtos de moda e de luxo.

Em relação a esta última área, Tajani anunciou que está a preparar uma proposta para «facilitar a concessão de vistos» turísticos para entrada na UE a cidadãos de países como a Rússia e a China, com crescente poder aquisitivo, pois além de favorecer o sector turístico, a sua presença beneficiará outras indústrias, como a moda e a construção.

Com mais de 850 mil empresas e cinco milhões de postos de trabalho, o sector da moda contribui atualmente com 3% para o PIB europeu, enquanto o segmento do luxo representa 10% do total das exportações da União Europeia.

Quanto à retoma na Europa, o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela Indústria e Empreendedorismo reiterou o seu pedido sobre o alargamento das competências do Banco Central Europeu (BCE) para que «se pareça com a Reserva Federal norte-americana», de forma a ter poderes não só sobre os tipos de interesse mas também, por exemplo, para desvalorizar a moeda.

 
Fonte da notícia: Site Portugal Têxtil