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Síntese
Atenta ao seu papel de entidade incentivadora da competitividade das empresas e na convicção de que a indústria constitui o principal motor de crescimento da economia enquanto fonte de criação de emprego, investimento, inovação e capital humano, a AIP direcionou o projeto “MAIS INDUSTRIA + Produtividade” para um segmento de empresas industriais com forte intensidade exportadora, com potencial de crescimento e que pretendem alargar o seu âmbito de atuação a outros mercados-alvo, fundamentalmente externos.
Estas empresas evidenciaram a necessidade de obterem ganhos significativos de produtividade, sem recorrerem a investimentos produtivos, atuando ao nível das oportunidades de melhoria da sua organização, adotando soluções conducentes à otimização dos processos produtivos e logísticos, eficiência dos equipamentos, redução dos custos de manutenção e eliminação de desperdício.
A melhoria dos níveis de produtividade destas empresas é fundamental para uma maior capacidade de resposta às exigências da procura, proporcionando aumento da capacidade produtiva instalada, cumprimento de prazos de entrega, fornecimento de produtos de qualidade ao menor custo possível.
O modelo de intervenção nas empresas encontra-se suportado nas metodologias “Lean Manufacturing”, nomeadamente através da aplicação de ferramentas KAIZEN, amplamente seguidas internacionalmente na reestruturação e otimização dos processos produtivos, permitindo a definição e implementação de soluções de melhoria ao nível dos fluxos físicos e informativos, propiciando um processo de transformação global, conducente à criação de uma cultura de melhoria contínua na organização.
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Projeto “Mais Indústria + Produtividade”
Apoio do COMPETE
O projeto "MAIS INDÚSTRIA + Produtividade" teve o apoio do COMPETE, no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME. De referir o enquadramento na Estratégia de Eficiência Coletiva (EEC), em concreto, no PRODUTECH - Pólo das Tecnologias de Produção.
Os investimentos estão associados à tipologia “desenvolvimento e engenharia de produtos, serviços e processos” por se tratar da tipologia de investimento dominante no projeto, embora com fortes impactos nas tipologias “qualidade” e “inovação”.
O investimento elegível envolvido neste projeto é de 2.724 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 1.361 mil euros.
Âmbito
Na atual conjuntura em que a indústria reassume uma elevada importância no desenvolvimento do país, a AIP concebeu um projeto que pretende reforçar a competitividade da indústria portuguesa, através da otimização e reestruturação dos seus processos produtivos e dos seus modelos de negócio.
Para tal, recorre ao Lean Manufacturing, suportado no modelo de melhoria contínua japonês – KAIZEN, amplamente aplicado e seguido internacionalmente na reestruturação e otimização dos processos produtivos.
O projeto é desenvolvido no terreno pela Kaizen Institute Consulting Group, uma consultora multinacional japonesa de elevado reconhecimento e experiência na obtenção de ganhos significativos de eficiência produtiva.
A aplicação desta metodologia traduz-se num retorno do investimento inicial inferior a 1 ano.
Metodologia KAIZEN
A metodologia KAIZEN, preconizada para o desenvolvimento deste projeto, apesar de pressupor uma abordagem de melhoria contínua de longo prazo, adota metodologias de identificação e resolução de problemas que originam soluções no curto prazo, possibilitando rápidas tomadas de decisão.
Esta abordagem produz impactos não só ao nível da adoção de novos ou significativamente melhorados processos ou métodos de fabrico, de logística, distribuição, bem como novos modelos organizacionais, que facilitam a conceção e o desenvolvimento de novos produtos e serviços na organização.
Por outro lado, o levantamento sistemático das “não conformidades”, suas implicações e respetiva eliminação das causas, contextualizado numa atitude pautada pelo auto controlo de qualidade, conduz as empresas a patamares de eficácia elevados, interiorizados nas empresas que implementam o KAIZEN, como o “fazer bem à primeira” e o “zero defeitos”.
A aplicação desta metodologia traduz-se num retorno do investimento inicial inferior a 1 ano.
Destinatários
PME localizadas nas regiões Norte, Centro e Alentejo.
Sectores
Destina-se a cinquenta empresas transformadoras, (atividades incluídas nas divisões 10 a 37 da CAE), fundamentalmente nos setores do calçado, têxtil e equipamentos.
Vantagens
- Identificar as principais oportunidades de melhoria operacionais;
- Envolver os colaboradores no desenho de uma visão mais “Lean” e na implementação das melhorias identificadas;
- Melhoria de KPI (Key Performance Indicators) críticos para a organização;
- Arranque de um processo de transformação que permita criar uma Cultura de Melhoria Contínua;
- Projeto operacionalizado por empresa de Consultoria experiente e com vários casos de estudo, nacionais e internacionais, no setor industrial;
- Previsível Retorno do Investimento inferior a 1ano;
- Projeto prático cujo output se traduz em mudanças físicas e comportamentais (hábitos).
Opções de participação
As empresas têm á sua disposição três opções de participação.
Na opção 1, a intervenção estará centrada no diagnóstico e desenho do plano de implementação e retorno do investimento.
As opções 2 e 3 incluem a fase de implementação e análise do retorno, com intervenção parcial ou total da entidade consultora.
De referir que após a fase de diagnóstico, o número de dias para a implementação pode ser ajustado de acordo com a complexidade do modelo de negócio, volume de fluxos físicos e informativos e das oportunidades de melhoria identificadas.
Plano de ação
Opção 1 | Diagnóstico | Plano de Implementação
É efetuado um Diagnóstico no qual se apresenta o Mapeamento da situação atual, em termos de Fluxos Físico e de Informação e o desenho da Visão Futura (Fluxo Físico + Informação). Na fase final da intervenção, é definido o Plano de Implementação, apresentando os dados esperados.
Opção 2 | Diagnóstico | Plano de Implementação | Coaching |Análise de Retorno
Prevê todas as atividades apresentadas na opção 1, mas inclui atividades de formação e consultoria complementares. São definidos Workshops de acordo com as medidas definidas no Plano de Implementação, sendo que estas serão implementadas com o apoio parcial da entidade consultora. No âmbito desta intervenção, os colaboradores das empresas aderentes recebem formação no terreno para permitir uma maior autonomia na implementação efetiva das medidas identificadas.
No final da intervenção, na opção 2, é efetuada uma Análise do retorno.
Opção 3 | Diagnóstico | Plano de Implementação | Total Management | Análise de Retorno
Prevê todas as atividades apresentadas na opção 1, mas inclui atividades complementares de consultoria e formação. São definidos Workshops de acordo com as medidas definidas no Plano de Implementação, sendo que estas serão implementadas com o total envolvimento da entidade consultora. No âmbito desta intervenção, os colaboradores das empresas aderentes recebem formação no terreno, mas apenas para facilitar a implementação das medidas identificadas.
Tal como na opção 2, no final da intervenção é efetuada uma Análise do retorno.
Atividades
- Fase: Diagnóstico | Mapeamento Situação Atual (Fluxo físico + informação)
• Análise ABC por Quantidades/ Valores das referências produzidas, e das características das encomendas;
• Levantamento de métodos e tempos, incluindo análise layouts, principais parâmetros de processo e meios de produção, armazenagem e movimentação;
• Levantamento dos indicadores atuais de processo;
• Levantamento da informação de Não Conformidades e suas implicações;
• Desenho dos Mapas da Situação Atual, quantificados com níveis de serviço, níveis de stocks e eficiência de operações. Inclui descrição de todas as oportunidades de melhoria na Cadeia de Valor.
• Levantamento detalhado do fluxo de informações atual, incluindo a quantificação dos recursos envolvidos;
• Cálculo do Lead Time atual do processo de Planeamento;
• Análise ao método de cálculo de necessidade de componentes de compra;
• Determinação dos principais problemas que afetam o fluxo informações e por isso provocam perdas no processo global de planeamento de encomendas.
- Fase: Plano implementação e retorno esperado – Visão KAIZEN
• Identificação das oportunidades de melhoria detetadas à luz dos novos paradigmas Kaizen e definição de soluções de melhoria que deverão incluir normalização de movimentação de materiais, criação de fluxo, normalização de métodos de trabalho, simplificação de tempos de setup, eliminação de causas de não conformidades, simplificação de processos de planeamento da produção, etc.
• Customizar as ferramentas Kaizen à realidade e objetivos da Empresa;
• Desenho dos Mapas da Situação Futura do Fluxo Físico e de Informação (Visão Kaizen), quantificados com os resultados de Aumento de Produtividade, Redução de Stocks e Melhoria dos Níveis de Serviço a atingir;
• Definir os vários subprojectos que permitirão implementar a Visão definida anteriormente e das pessoas a envolver;
• Calendarizar as datas de execução de cada subprojecto da Fase de Implementação da Visão Kaizen.
• Descrição da lista de Investimentos necessários para concretizar o Plano de Ações, sendo que a maioria das ações visará a melhoria prática com recurso a um mínimo de investimento;
• Cálculo dos valores de Benefícios (tangíveis e intangíveis);
• Cálculo do retorno do investimento.
- Fase: Implementação opções total management e coaching – ferramentas a utilizar
As atividades complementares de consultoria, previstas nas opções 2 e 3, podem incluir as seguintes atividades tendo em conta as reais necessidades das empresas:
• Standard Work: revisão de métodos de trabalho;
• SMED: redução tempos de Setup;
• Kobetsu Kaizen: Resolução Estruturada de Problemas;
• Manutenção Autónoma de Equipamentos;
• Manutenção Preventiva de Equipamentos;
• Ciclos Logísticos Normalizados: Melhorar Produtividade;
• Kanban: Gestão de Stocks;
• Implementação do Pull Flow: Criação de Fluxo;
• Supermercados de ferramentas, stocks em curso de fabrico, matérias-primas, produto acabado: Melhoria Nível de Serviço;
• Auto Qualidade: Redução de Não Conformidades.
Sessões de demonstração
Está prevista a realização de sessões de demonstração por empresa, com apresentação dos resultados alcançados e visita às instalações onde o projeto incidiu, com a participação de entidades externas, nomeadamente instituições públicas, clientes e fornecedores das empresas.
Formação
A acompanhar a fase de Diagnóstico, comum às 3 opções, serão desenvolvidas ações de formação nos temas Kaizen Lean e em Value Stream Maping. Os objetivos destas ações passam por dar a conhecer às empresas as potencialidades do Kaizen Lean e as ferramentas de mapeamento da cadeia de valor.
Kaizen Institute Consulting Group
A Kaizen Institute Consulting Group é uma multinacional que fornece serviços de consultoria e formação ao tecido empresarial e instituições públicas em mais de 35 países. Fundado por Masaaki Imai, o Kaizen Institute tem as suas origens do Sistema de Gestão da Toyota.
Com um portfólio de serviços destinados a conseguir a excelência operacional através da melhoria da qualidade dos produtos e serviços, do aumento da produtividade e da motivação dos colaboradores, o Kaizen Institute dá suporte a líderes de organizações no desenho e implementação de processos que permitem a prática da Melhoria Contínua.
O Kaizen Institute está em Portugal, com escritórios no Porto e em Lisboa, desde 1999, atuando em diferentes setores de atividade: indústria, logística, saúde, distribuição, organizações de serviços, entre outros.
Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Imagem e Comunicação do COMPETE
Mais informações
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