Criação de uma linha de produtos com propriedades funcionais, com relevância para as suas propriedades antioxidantes.
O mirtilo é um fruto conhecido pela sua riqueza em vitamina C, sais minerais como magnésio, potássio, cálcio, fósforo, ferro, manganês, e outros componentes tais como taninos, pectinas e antocianinas, responsáveis pelas suas propriedades anti-oxidantes. Apostar na valorização do fruto e dos seus resíduos é o objetivo do projeto Myrtillus.
Apoiado pelo COMPETE, o “Myrtillus” é um projeto de I&DT em co-promoção, dinamizado pela Mirtilusa em co-promoção com a Universidade Católica Portuguesa, o Centro de Farmacologia e Biopatologia Química da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a empresa Frulact, envolvendo um total de investimento elegível de 571 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 420 mil euros.
Ao consórcio acrescem como parceiros: Câmara Municipal de Sever do Vouga; AGIM - Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro Urbano de Sever do Vouga; EMBRAPA, instituto reconhecido no Brasil.
O projeto Myrtillus visa a valorização do fruto e de resíduos, numa perspetiva de criação de oportunidades de rentabilização da empresa. Abrange ainda a valorização da fruta fresca e processada com base na sua caracterização biológica e a conversão de resíduos em produtos de elevado valor acrescentado. Serão formuladas misturas para infusões resultantes da combinação de folhas e frutos secos, para os quais as propriedades funcionais e a qualidade organoléptica sejam elevadas.
O projeto permitirá criar uma nova linha de produtos funcionais de Mirtilo. A fruta fresca, produtos derivados e as infusões selecionadas serão caracterizados com enfoque nos compostos polifenólicos antioxidantes, assegurando igualmente os estudos de eficácia e segurança, complementados com estudos de biodisponibilidade.
A necessidade de ampliar a sua produção e comercialização fora do período de colheita sazonal do Mirtilo, e acompanhar as tendências de mercado, conduziu a Mirtilusa à necessidade de extensão do seu portfólio com novos produtos de Mirtilo com vantagens competitivas e com grande impacto de inovação no consumidor, focalizada na criação de uma linha de produtos com propriedades funcionais validadas, com relevância das suas propriedades antioxidantes. Estes ingredientes ou alimentos ricos em antioxidantes são dirigidos ao controlo ou prevenção de doenças que envolvem degeneração celular, que tem como consequência direta mais comum o envelhecimento celular, e todas as suas consequências sobre a saúde individual e pública.
O projecto, inserido na temática na alimentação funcional, apresenta soluções únicas nos seus objectivos, como as formulações (para tisanas) com base em misturas de folhas e frutos secos com elevada qualidade sensorial e antioxidante com impacto na redução de resíduos e produto de menor qualidade ou os extractos de mirtilo e infusões de folhas e frutos secos com actividade biológica e segurança validada.
Com impacto na diversificação e aumento das linhas de produtos e tecnologias da Mirtilusa, através da colocação no mercado de uma linha completa de produtos funcionais derivados do mirtilo e seus subprodutos com marca comum, que incluirá o próprio fruto (fresco ou preservado através de congelação, secagem ou produção de uma gama de compotas funcionais), ou extratos ou polpas de mirtilo ricos em antioxidantes com propriedades biológicas confirmadas, e formulações de infusões com elevada qualidade sensorial e performance funcional, o projeto Myrtillus atua na valorização económica de um território de baixa densidade (Sever do Vouga).