O Portugal 2020 conta com um total de 21,5 mil milhões de euros (26 mil milhões, contando com as verbas destinadas à agricultura e às pescas) e será concretizado através de quatro programas operacionais temáticos (competitividade e internacionalização, inclusão social e emprego, capital humano e sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos) e cinco programas regionais no Continente, mais dois para as Regiões Autónomas.
O Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) dispõe de 4,4 mil milhões de euros de Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (Feder, FSE e Fundo de Coesão) para reforçar a aposta na Investigação, no desenvolvimento Tecnológico e na Inovação; para reforçar a competitividade das PME, incluindo a redução dos custos públicos de contexto; para promover transportes sustentáveis; para garantir a sustentabilidade e a qualidade do emprego.
No contexto da cerimónia de lançamento dos programas, tomou posse o gestor do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, Professor Doutor Rui Vinhas da Silva.
Para o novo gestor do COMPETE 2020, a substancial melhoria da competitividade e internacionalização das empresas são a razão de ser deste programa.
Na primeira pessoa, Rui Vinhas da Silva, apresenta a missão e os objectivos que pautam o novo ciclo:
“Procuraremos com total empenho revogar o paradigma de competitividade da economia portuguesa, orientando-a para uma filosofia de criação e agregação de valor a produtos e serviços inovadores, baseada num entendimento absoluto do ambiente competitivo em mercados internacionais sofisticados, procurando refletir a sua heterogeneidade e especificidades.
Subscrevemos um compromisso total com a eliminação do “gap” entre fatores domésticos de competitividade e o imperativo dinâmico da procura externa, expresso em determinantes de procura de bens e serviços com elevado conteúdo de valor agregado e estruturas e estéticas de preferência específicas.
Neste contexto, reafirmamos o imperativo de uma competitividade efetiva das empresas, assente na eficiência produtiva capaz de gerar - através da qualidade, produtividade e inovação – valor e diferenciação.
Enfatizamos o entendimento por parte de todos os “stakeholders” envolvidos, da importância de um entendimento cabal e em tempo real das cadeias de valor internacionais e lógicas de distribuição e do que é necessário fazer para que as empresas nelas progridam de forma sustentada, através de um enfoque na sofisticação de produtos e processos, na inovação e na melhoria do ambiente de negócios doméstico e na sua adequação aos ditames de competitividade externa. Procuramos com afinco a aquisição de vantagens competitivas sustentadas para as empresas, ancoradas em diferenciação tangível (processos e produtos sofisticados) e intangível (marcas de produto e de empresa) construindo dessa forma a marca-país e melhorando a competitividade da economia portuguesa.
Finalmente construímos a partir da nossa idiossincrasia e identidade cultural próprias uma ideia de sofisticação na tradição, cosmopolitismo e contemporaneidade, corporizando estes valores em bens e serviços presentes no mercado global. Abandonamos um paradigma de produto e revogamo-lo pelo imperativo de agregação de valor.”