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A.Tajani defendeu a Reindustrialização como a 3ª Revolução Industrial

19.11.2012

No âmbito da conferência de alto nível realizada a 26 de Outubro em Lisboa, o vice-presidente da Com. Europeia defendeu a reindustrialização como um caminho para o crescimento da Europa.

Para Antonio Tajani a Reindustrialização e o crescimento estão estreitamente ligados: o sector industrial representa 75% das exportações e concentra 80% da inovação e cada emprego na indústria permite criar 2 empregos suplementares. Neste contexto, e sem negligenciar o rigor na despesa pública, em paralelo a Europa deve investir na Indústria.

Lembrou a mensagem da nova estratégia da política industrial adoptada pela Comissão a 10 de outubro: a terapia da austeridade por si só pode ser fatal se não for acompanhada por investimentos no relançamento da indústria.

Seguidamente apresentou os quatro desafios prioritários:

1. Reinvestir considerando setores prioritários: tecnologias verdes; tecnologias chave genéricas, a construção sustentável, a agro-indústria (bio), os veículos verdes e os recursos inteligentes.

2. Acesso aos mercados, explorando mais amplamente o mercado interno e apostando fortemente na internacionalização. Sublinhou a importância de estimular na Europa o empreendedorismo e referiu a intenção da COM de apresentar um Plano de Ação para criar condições mais favoráveis na Europa para a criação de empresas. A este propósito fez menção ao programa +E+I lançado em PT.

Sublinhou que o relançamento de uma política industrial na Europa depende da abertura dos mercados, do desmantelamento dos obstáculos ao comércio e aos investimentos, num quadro de reciprocidade e concorrência leal e equitativa para as empresas europeias no mundo. No quadro da diplomacia económica e comercial informou das iniciativas apelidadas de “ missões para o crescimento” envolvendo representantes da indústria e das PME em diversos países da América Latina, México e Estados Unidos. Missões que prosseguirão em novembro, no Egito, em Marrocos e na Tunísia.

3. Acesso ao financiamento e aos mercados de capitais. Relançar a indústria envolve criar condições para que as empresas europeias tenham condições de acesso ao financiamento mais favoráveis do que as atuais. Sublinhou o caso PT , mencionando a PME Crescimento e a reprogramação do QREN, como medidas concretas.

4. Capital Humano: não obstante os níveis elevados de desemprego em vários EM as empresas têm dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada. Sublinhou a necessidade de investir nas competências como condição essencial para a competitividade industrial.