Enquadramento no COMPETE
Promovido pela AIP-CCI (Associação Industrial Portuguesa-Câmara de Comércio e Indústria), o projeto “Mercados, Financiamento e Inovação” é apoiado pelo COMPETE e conta com um investimento elegível de 386.218 euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 270.353 euros.
O workshop “Internacionalização, Mercados, Financiamento” da AIP enquadra-se no supracitado projeto SIAC.
Cada empresa poderá receber apoios em investimentos até 100 mil euros, sob a forma de incentivo não reembolsável, mas terá de manifestar, junto da AIP, promotora do projecto, a sua vontade em aderir ao programa, uma vez que o prazo de entrega das candidaturas termina no dia 13 de fevereiro.
Agricultura e agro-indústrias, ambiente, energia, indústria química, pescas, rochas ornamentais e suas obras, azeite, vinho e bebidas alcoólicas, plásticos e seus derivados, componentes eléctricos e turismo são sectores e fileiras onde as empresas portalegrenses poderão ter oportunidades de negócios nos mercados angolano e moçambicano.
Luís Rebelo de Sousa, da consultora PwC, parceira da AIP neste projecto, sublinhou a necessidade das empresas “olharem para os mercados externos, em concreto os de Angola e de Moçambique, definirem quais são os prioritários e perceberem onde existem as reais vantagens competitivas e as oportunidades que representam a maior probabilidade de procura”.
Os diferentes tipos de parceria a estabelecer, formas de investimento, cadeia de abastecimento, tipo de produto a desenvolver, criação ou não de uma marca local, foram, entre outros, alguns conselhos deixados pelo especialista aos empresários que participaram no encontro, quando reforçou a premência de existir um “conhecimento profundo do mercado local” para serem bem-sucedidos.
André Março, do IAPMEI, que interveio sobre os “Instrumentos de financiamento à internacionalização”, desafiou os empresários a encararem a possibilidade de se candidatarem aos fundos europeus existentes no âmbito do Portugal 2020: “Mais de cinco milhões estão destinados a apoiar os esforços das empresas em inovação, capacitação e qualificação para a internacionalização. O que é importante dizer a quem está aqui na sala é que, se têm projecto, comecem a preparar a vossa candidatura, não deixem de o fazer”.
O especialista referiu o papel das associações empresariais na preparação das candidaturas aos dois projectos (Projetos Conjuntos de Internacionalização, aviso n.º 1) e Projetos Conjuntos de Qualificação das PME, aviso n.º 2) no âmbito dos Incentivos à Qualificação e Internacionalização das PME.
“São as associações empresariais que estão a dinamizar os dois projectos”, recordou André Março, acrescentando que o relativo à internacionalização “agrupa empresas que possam ter em comum, por exemplo, os mercados, e também prevê trazer a Portugal os potenciais clientes, o que é muito importante”.
“O prazo é curto e é preciso que as empresas manifestem rapidamente o seu interesse. Vale a pena, o custo é baixo porque é feito em grupo”, salientou.
“Novas soluções de financiamento para empresas”, foi outro tema abordado por André Março para quem “o problema não é não haver crédito, mas sim como se acede a ele”. Ou seja, “todas as soluções de financiamento são construídas ao abrigo de determinado tipo de regimes europeus”.
Filipe Palma, representante dos municípios alentejanos no InAlentejo, mostrou-se confiante na capacidade dos seus correligionários: “A equipa do “Alentejo 2020” dá um sinal a todos de esperança e de confiança nos empresários que nos estão a ouvir como nos instrumentos que temos à nossa disposição para nos ajudar a conduzir o país a um patamar quem em 2020 queremos que seja diferente do que aquele que temos hoje”.
Jorge Pais, presidente da NERPOR-Associação Empresarial da Região de Portalegre e “vice” da AIP, e Paulo Caldas, director de Internacionalização da AIP, exortaram, por sua vez, os participantes no evento a “agarrar as oportunidades de negócio que existem nos mercados, nomeadamente em Angola e Moçambique”: “A AIP e as associações empresariais regionais que com ela estão a dinamizar este programa vão apoiar e acompanhar as empresas no seu processo de exportação, internacionalização e de estabelecimento de parcerias, bem como nos processos de inovação, críticos para a sua competitividade. Os empresários e as PME precisam de ter informação sobre estes caminhos, mas a informação certa”.
Fonte: AIP