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Calçado cresceu 59% com a ajuda do COMPETE

26.01.2015
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As candidaturas ao COMPETE 2020 estão já em marcha. E a indústria de calçado, que está a preparar o seu dossier, aproveitou o momento para fazer o balanço do último Quadro Comunitário de Apoio. E conclui que o COMPETE anterior "foi um verdadeiro trampolim para o setor do calçado".

APICCAPS
APICCAPS

Senão vejamos. Desde 2006, as exportações da indústria aumentaram 39% em quantidade, passando de 63,7 milhões para 88 milhões de pares, e 59% em valor, crescendo de 1166 milhões para 1850 milhões de euros. Aliás, o setor fechou 2014 com novo recorde de vendas, o quinto consecutivo. E, sublinha a associação APICCAPS, a produtividade do setor "aumentou igualmente de forma muito significativa", já que, no mesmo período, o "número de trabalhadores permaneceu praticamente idêntico".

Investidos 55 milhões de euros em internacionalização durante 2007-2013, Portugal conseguiu exportar um total de 754 milhões de pares de sapatos, no valor global de 11 578 milhões de euros. O que significa que o esforço de exportação das empresas portuguesas foi apoiado em cerca de 7,2 cêntimos por par. E, no total, as empresas portuguesas de calçado passaram, neste período, a exportar mais 700 milhões de pares por ano, do que no início do quadro comunitário de apoio. E, destaca a APICCAPS, reforçando a sua posição competitiva, de tal forma que "Portugal apresenta hoje o segundo maior preço médio de exportação a nível mundial".

Também neste período, a indústria foi distinguida pela Comissão Europeia no âmbito dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial, com a sua campanha de promoção internacional 'A Indústria Mais Sexy da Europa'. "Foi uma distinção importante, mas apenas isso. Sempre entendemos que os sucessos do passado não são garantias de futuro. E, por isso, estamos fortemente empenhados em continuar a afirmar o calçado português além-fronteiras", diz o presidente da APICCAPS, Fortunato Frederico.

Quanto ao COMPETE, foi "decisivo para que as empresas possam reforçar a sua posição nos mercados externos". Fortunato Frederico mostra-se satisfeito pelo facto de o próximo quadro comunitário priorizar a internacionalização como fator estratégico decisivo. "Porventura, a nossa diferença relativamente a outros setores é que sempre assumimos como prioritários todos os investimentos em promoção externa. Sempre foi essa a nossa grande aposta", diz.

Embora não sejam ainda conhecidos os pormenores do plano de promoção do setor para os próximos anos, a verdade é que APICCAPS assumiu, há um ano, que pretendia obter 70 milhões de euros no próximo quadro comunitário de apoio, uma média de 10 milhões de euros ao ano para a internacionalização.

Embora não sejam ainda conhecidos os pormenores do plano de promoção do setor para os próximos anos, a verdade é que APICCAPS assumiu, há um ano, que pretendia obter 70 milhões de euros no próximo quadro comunitário de apoio, uma média de 10 milhões de euros ao ano para a internacionalização.

Fonte: Dinheiro Vivo Online