O setor de calçado empregava, no final de 2013, 35.044 colaboradores, mais 420 do que no ano anterior (34.624).
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Já em 2014, centenas de novos postos de trabalho terão sido criados. Por um lado, a multinacional Ecco está a investir em Portugal, tornando a unidade de Santa Maria da Feira a mais moderna do grupo no mundo. Nos últimos meses criou 600 postos de trabalho e outros 300 serão criados até final do ano. A Ara criou, no entretanto, em Seia 50 postos de trabalho.
Em simultâneo, várias empresas portuguesas, confrontadas com a escassez de mão-de-obra nas zonas de forte concentração da indústria de calçado estão a investir no interior país e, dessa forma, a contribuir para um maior desenvolvimento de locais tradicionalmente menos desenvolvidos.
Depois de Castelo de Paiva, Cabeceiras de Bastos, Celorico de Bastos e Paredes de Coura, o setor investe agora em Cinfães.
Com efeito, o grupo Carité acaba de anunciar a criação de uma unidade produtiva em Cinfães. Será a quarta unidade produtiva do grupo. Os primeiros vinte colaboradores começam o processo de formação já em Setembro e a nova unidade deverá estar concluída no início de 2015.
“Fomos abordados pela Câmara Municipal que, preocupada pela falta de oportunidades de emprego, desafiou a Carité a investir em Cinfães – a exemplo do que já fizemos, por exemplo, no passado recente, em Celorico de Basto, onde temos duas fábricas há já dois anos e criámos um centena de postos de trabalho”, revelou Reinaldo Teixeira. Também a Eurodavil criou uma unidade industrial em Pinhel, com 25 colaboradores e 50 outros serão criados num espaço de mês, anunciou Rui Ventura, Presidente da Câmara local.
Estes são apenas exemplos recentes da estratégia do setor de reforço da capacidade produtiva. A Macosmi começou por investir em Castelo de Paiva e a Joia em Cabeceiras de Bastos. Já a Kyaia, continua a investir em Paredes de Coura e, ainda recentemente, anunciou um grande plano de expansão no interior do país, contratando mais 300 colaboradores.
Em traços genéricos, a estratégia do setor passa por melhorar a capacidade de reposta face ao aumento das vendas - as exportações aumentaram mais de 40% desde 2010 – e a deslocalização para o exterior não é uma opção estratégica natural, já que as empresas privilegiam um contacto direto com o retalho e a capacidade de resposta rápida é, deste ponto de vista, essencial.