Decorre hoje no NERE ( Núcleo Empresarial da Região do Alentejo ) a 3ª jornada de trabalho com com a participação de atores-chave no contexto do Desenvolvimento & Investigação e Inovação nacionais: entidades do ensino superior, centros de investigação, empresas, laboratórios de estado, associações profissionais e sectoriais e direções-gerais ou organismos de interface no âmbito da ENEI.
Mais que nunca, a economia mundial gira hoje em torno do conceito da mobilidade. Para além da
mobilidade de ideias e de conhecimento, facultada pela internet e pelas tecnologias de informação
e comunicação, a mobilidade de bens e de pessoas que a massificação dos transportes veio permitir,tornando as distâncias mais curtas, alterou formas de fazer comércio e estratégias de negócio, modificou organizações, possibilitou o desenvolvimento de serviços internacionalizáveis como o Turismo e gerou um conjunto de novas oportunidades e desafios, contribuindo para o atual estádio de globalização e interligação das economias.
As questões da mobilidade e, designadamente, da mobilidade sustentável, estão no centro das preocupações, sendo fundamentais para o cumprimento das metas da Estratégia Europa 2020, designadamente no que concerne à redução das emissões de gases com efeito de estufa, ao aumento do recurso às energias renováveis e ao aumento da eficiência energética.
Dado que os transportes e logística constituem uma importante parcela dos custos das empresas, a
aposta em meios e redes de transporte mais eficientes e inteligentes constitui um fator de acréscimo de competitividade, podendo também ser uma importante fonte de atração de agentes económicos e de investimentos.
No centro da mobilidade, encontram-se também as indústrias Automóvel, Aeronáutica e do Espaço. Estas são cada vez mais indústrias que se estabelecem à escala global, constituindo cadeias de valor estruturadas, partilhadas por diferentes setores de atividade económica e distribuídas por diferentes países.
As Jornadas Estratégicas têm como objetivo trabalhar em conjunto com estes atores para:
- identificar o potencial do tema/área de cada jornada como prioridade para a Estratégia Nacional de Investigação e Inovação;
- definir a visão e os desafios que se colocam para os próximos sete anos (2014-2020) , nomeadamente no tema/área em discussão;
- debater instrumentos e medidas de política pública necessários para colmatar as falhas identificadas de mercado, institucionais ou de regulamentação.
A Estratégia de Especialização Inteligente para a investigação e inovação é condição para uma utilização mais eficaz e eficiente dos Fundos estruturais no próximo período de programação.
Mas não se trata de garantir apenas esta condição. Esta abordagem estratégica do desenvolvimento económico baseado na investigação e na inovação envolve e responsabiliza todos os stakeholders públicos e privados na identificação das vantagens competitivas e na identificação de prioridades.
Conhecido o diagnostico da economia portuguesa, no que concerne sobretudo aos domínios da competitividade, pode referir-se que, apesar de nos últimos anos terem sido realizados importantes investimentos nas áreas da I&D, da inovação, da qualificação dos recursos, da energia e da envolvente empresarial (alguns dos quais só mensuráveis a médio-longo prazo), existem algumas dimensões onde se registam carências profundas, agravadas pela atual crise económica, que podem beneficiar de medidas de política pública, continuando e aprofundando o que tem vindo a ser operado no último período de programação dos fundos estruturais.
Organizada em parceria pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pela Agência para a Inovação e Competitividade (IAPMEI),pela Agência de Inovação (AdI) e pelo COMPETE (Programa Operacional do Factores de Competitividade)