O projecto Mala Segura , enquadrado no Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico|COMPETE, pretende contribuir para resolver o problema das bagagens perdidas.
No sentido de contribuir para resolver o problema das bagagens perdidas, o facto de existiram cada vez mais e diferentes companhias aéreas, empresas gestoras de aeroportos e de tecnologia de comunicações têm-se desenvolvido experiências para aplicar novas tecnologias para monitorizar a bagagem, com o propósito de melhorar a segurança e satisfação dos passageiros. Actualmente estes sistemas usam etiquetas que são colocadas no exterior da mala por elementos da companhia aérea, durante o check-in. Classicamente são usadas etiquetas com códigos de barras. Mais recentemente têm sido realizadas experiências com identificadores Radio-Frequency Identification (RFID). Porém, o facto da etiqueta e a mala serem dois objectos que se podem dissociar permite originar situações de falhas ao nível da segurança. Bastará que alguém troque as etiquetas para se quebrar todo o sistema de segurança.
As soluções comercialmente viáveis na área de monitorização de bagagens ainda são reduzidas. No entanto, há algumas referências a aplicações demonstradoras e a testes. Ambos revelam a importância do problema e a vontade que as companhias aéreas e empresas gestoras de aeroportos têm de resolver a situação. A preocupação com a logística das bagagens atinge, também, as associações da aeronáutica e as entidades gestoras dos aeroportos. Como exemplo disso a IATA, “International Air Transport Association”, que representa 240 companhias aéreas, com 94% do tráfego aéreo internacional, tem apresentado o seu apoio a iniciativas com a tecnologia RFID como forma de tentar melhorar a gestão de bagagens.
O consórcio “Mala Segura” nasceu por identificação de uma oportunidade ligada ao transporte de passageiros e bagagens por este envolver vários problemas que abrangem a sua gestão e segurança e integra 6 entidades: SET, SA (empresa líder), ANA- Aeroportos de Portugal, Critical Software, TECMIC, INESC Inovação, PIEP-Pólo de Inovação em Engenharia, que actuarão em consonância para desenvolver dois sistemas principais:
- Uma nova tipologia de malas mais inteligentes , com integração de tecnologia de identificação, sensorização e comunicação;
- Sistema de gestão, controlo e monitorização de malas.
O projecto envolve duas fases:
Fase 1: prova de conceito da tecnologia de identificação e monitorização, de forma independente do identificador. Ou seja, para uma localização manual do identificador na mala;
Fase 2: construção de uma nova tipologia de malas, com identificadores embutidos no próprio corpo da mala. Isto significa que estes não estarão acessíveis nem pelo seu interior, nem pelo seu exterior.
O projecto culminará com a realização de testes piloto em Aeroportos Nacionais, devido à elevada exigência inerente a estes ambientes aeronáuticos. O sistema de monitorização, gestão e controlo a desenvolver poderá ter uma aplicação mais abrangente que os aeroportos, podendo ser usado em terminais rodoviários, ferroviários, centros comerciais, hospitais, escolas, ou outros espaços públicos. A nova tipologia de malas com identificadores embutidos permite que o seu proprietário conheça a sua localização quase em permanência, desde que exista uma rede compatível com os identificadores usados.
O projecto envolve um investimento total de 2,5 milhões de euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 1,6 milhões de euros.