As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), a Energia e os Materiais & Matérias Primas foram os tópicos em discussão na primeira Jornada de Reflexão, no âmbito dos trabalhos para a definição da estratégia nacional e regional de investigação e inovação (2014-202), a qual identificará áreas em que as regiões e o País apresentam vantagens científicas e económicas, dando resposta aos desafios societais.
Organizada em parceria pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pela Agência para a Inovação e Competitividade (IAPMEI),pela Agência de Inovação (AdI) e pelo COMPETE (Programa Operacional do Factores de Competitividade) a jornada decorreu dia 7 de Outubro no ISEG e contou com a participação de atores-chave no contexto do Desenvolvimento & Investigação e Inovação nacionais: entidades do ensino superior, centros de investigação, empresas, laboratórios de estado, associações profissionais e sectoriais e direções-gerais ou organismos de interface.
As Jornadas Estratégicas têm como objetivo trabalhar em conjunto com estes atores para:
- identificar o potencial do tema/área de cada jornada como prioridade para a Estratégia Nacional de Investigação e Inovação;
- definir a visão e os desafios que se colocam para os próximos sete anos (2014-2020) , nomeadamente no tema/área em discussão;
- debater instrumentos e medidas de política pública necessários para colmatar as falhas identificadas de mercado, institucionais ou de regulamentação.
Os tópicos desta jornada inserem-se no tema das Tecnologias Transversais, um de cinco temas identificados para as Jornadas Estratégicas que se irão realizar em Outubro e Novembro. Os restantes temas são: Indústrias e Tecnologias de Produção, Mobilidade, Espaço e Logística, Recursos Naturais e Ambiente e Saúde, Bem-estar e Território.
A Estratégia de Especialização Inteligente para a investigação e inovação é condição para uma utilização mais eficaz e eficiente dos Fundos estruturais no próximo período de programação.
Mas não se trata de garantir apenas esta condição. Esta abordagem estratégica do desenvolvimento económico baseado na investigação e na inovação envolve e responsabiliza todos os stakeholders públicos e privados na identificação das vantagens competitivas e na identificação de prioridades.
Conhecido o diagnostico da economia portuguesa, no que concerne sobretudo aos domínios da competitividade, pode referir-se que, apesar de nos últimos anos terem sido realizados importantes investimentos nas áreas da I&D, da inovação, da qualificação dos recursos, da energia e da envolvente empresarial (alguns dos quais só mensuráveis a médio-longo prazo), existem algumas dimensões onde se registam carências profundas, agravadas pela atual crise económica, que podem beneficiar de medidas de política pública, continuando e aprofundando o que tem vindo a ser operado no último período de programação dos fundos estruturais.