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Disponível o Relatório de Competitividade Global para 2013-2014

04.09.2013
  • Economia

Os países inovadores, com instituições fortes, continuam a liderar os principais rankings internacionais de competitividade, sublinha o Relatório de Competitividade Global para 2013-2014 elaborado pelo Fórum Económico Mundial e que coloca a Suíça no topo pelo quinto ano consecutivo.

Relatório de Competitividade Global para 2013-2014
Relatório de Competitividade Global para 2013-2014

De acordo com o Relatório de Competitividade Global para 2013-2014, publicado hoje, apesar do crescimento económico robusto observado nos últimos anos, a América Latina continua a sofrer com as baixas taxas de produtividade. O índice de Competitividade Global (Global Competitiveness Index (GCI)) revela uma estagnação geral do desempenho competitivo.

O Chile (34º) continua a liderar os rankings regionais, à frente do Panamá (40º), Costa Rica (54º) e México (55º), tendo todos estes países permanecido relativamente estáveis. O Brasil caiu oito posições (56º).

A região continua a enfrentar dificuldades em razão de suas instituições frágeis; infraestrutura precária; alocação ineficiente de fatores de produção como resultado de uma concorrência insuficiente; e, muito importante, um deficit de competências, tecnologia e inovação que impede muitas empresas e países de agregar mais valor à sua atividade produtiva.

Globalmente, a excelência em inovação e os ambientes institucionais fortes influenciam a competitividade das economias. O relatório coloca a Suíça no topo do ranking pelo quinto ano consecutivo. Singapura e Finlândia permanecem em segundo e terceiro lugares, respetivamente. A Alemanha sobe dois lugares (4º) e os Estados Unidos invertem a sua tendência descendente dos últimos quatro anos, subindo duas posições para 5º lugar do ranking. Hong Kong SAR (7º) e Japão (9º) colmatam a brecha entre as economias mais competitivas, enquanto a Suécia (6º), os Países Baixos (8º) e o Reino Unido (10º) caem.

Os Estados Unidos continuam a ser líderes mundiais em matéria de introdução de produtos e serviços inovadores no mercado. Seu ganho competitivo no ranking resulta de uma percetível melhora do mercado financeiro nacional e de uma maior confiança em suas instituições públicas. No entanto, persistem preocupações sérias sobre a sua estabilidade macroeconômica, indicador que coloca o país em 117º lugar em um total de 148 economias.

Na Europa, os esforços para resolver a crise da dívida pública e impedir um desmoronamento do euro desviaram as atenções das questões profundamente enraizadas relativas a competitividade. As economias da Europa do Sul, como a Espanha (35º), a Itália (49º), Portugal (51º) e sobretudo a Grécia (91º) precisam continuar a lidar com suas fraquezas no que diz respeito ao funcionamento e eficiência dos seus mercados, a fomentar a inovação e a melhorar o acesso ao financiamento, a fim de conseguir reduzir os problemas de competitividade da região.

           Top 10            

   

GCI 2013  


     

GCI 2012   
Suíça   1  1
Singapura  2  2
Finlândia  3  3
Alemanha  4  6
Estados Unidos  5  7
Suécia   6  4
Hong Kong SAR   7  9
Países Baixos  8  5
Japão  9  10
Reino Unido  10  8

Algumas das maiores economias emergentes do mundo deverão igualmente envolver os seus setores económicos, governamentais e a sociedade civil com vista a implementar reformas há muito necessárias.

Considerando o grupo dos BRICS, a República Popular da China (29º) continua a liderar o grupo, seguido da África do Sul (53º), do Brasil (56º) da Índia (60º) e da Rússia (64º). Entre os BRICS, somente a Rússia melhorou o ranking.

Entre as economias asiáticas, a Indonésia salta para 38º, sendo a que mais melhorou das economias do G20 desde 2006, enquanto a Coreia (25º) cai seis posições. Singapura, Hong Kong SAR, Japão e Taiwan (China) (12º), permanecem todas nas 20 primeiras. Os países asiáticos em vias de desenvolvimento apresentam desempenhos e tendências muito diversas: A Malásia está em 24º, enquanto países como o Nepal (117º), o Paquistão (133º) e Timor-Leste (138º) estão nas últimas colocações do ranking. O Butão (109º), o Laos PDR (81º) e a Birmânia (139º) entram no índice pela primeira vez.

Em relação aos países do Oriente Médio e Norte da África, o Qatar (13º) está no topo do ranking da região, e os Emirados Árabes Unidos (19º) estreiam no grupo dos 20 primeiros. A Arábia Saudita (20º) cai duas posições, mas ainda mantém-se neste mesmo grupo. Israel situa-se em 27º. O Egito (118º) cai 11 posições em relação ao índice do ano anterior. O Bahrain (43º), a Jordânia (68º) e Marrocos (77º) também perdem posições. Ainda na região, a Argélia sobe para 100º lugar e a Tunísia volta a entrar no índice em 83º.

Relativamente à África subsaariana, a República do Maurício (45º) ultrapassa a África do Sul (53º) como economia mais competitiva da região. Estas são as duas únicas economias da região situadas na primeira metade do ranking, e havendo somente oito países da região nos 100 primeiros da classificação, são claramente necessários profundos esforços em todos os níveis para melhorar a competitividade geral da África. Entre as economias de rendimento mais baixo, o Quénia foi o país que mais melhorou, subindo dez lugares para 96ª posição. A Nigéria (120º) continua mal classificada, refletindo a necessidade de diversificar a sua economia.

“A contribuição da inovação para a prosperidade futura de uma economia está-se tornando cada vez mais crítica,” afirma Klaus Schwab, Fundador e Presidente Executivo do Fórum Económico Mundial. “A competitividade exige que os principais aspetos relacionados à inovação sejam tratados corretamente: partindo de instituições públicas sólidas, passando pela educação e por um ambiente económico mais propício. É fundamental que os líderes das empresas, do governo e da sociedade civil trabalhem de maneira colaborativa e transparente a fim de alcançar este objetivo partilhado que a todos beneficia."

De acordo com Xavier Sala-i-Martin, Professor de Economia, Universidade de Columbia, EUA: “O relatório evidencia um desvio na narrativa da economia global relativamente a um ano atrás, quando o combate ao fogo ainda caraterizava grande parte da política económica global e regional. Esta narrativa deu agora lugar a uma urgência premente de grandes reformas estruturais nas economias."

Nota

O ranking de competitividade do Relatório de Competitividade Global é baseado no GCI, o qual foi introduzido pelo Fórum Económico Mundial em 2004. Definindo a competitividade como sendo o conjunto de instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de um país, as pontuações do GCI são calculadas a partir de dados nacionais em 12 categorias – os pilares da competitividade – que em conjunto permitem uma imagem abrangente da competitividade de um país.

Os 12 pilares são: instituições, inovação, ambiente macroeconómico, saúde e ensino básico, superior e formação profissional, um mercado de produtos eficiente, um mercado de trabalho eficiente, desenvolvimento do mercado financeiro, disponibilidade tecnológica, dimensão de mercado, sofisticação e inovação económicas.

Fonte: World Economic Forum