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Energia e clima: Portugal defende quatro metas europeias para 2030

30.10.2013
  • Economia , Europa

Às actuais metas europeias para a redução de emissões de gases com efeito de estufa, quota de energias renováveis no mix energético e eficiência energética, o Executivo português quer juntar a introdução de uma meta também para as interconexões energéticas, admitiu o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, na sessão de encerramento dos Green Projects Awards Portugal.

União Europeia
União Europeia

Numa altura em que a Europa começa a debater o quadro para a energia e para o clima para o horizonte de 2030, o Governo português tem vindo a reforçar a sua posição favorável à introdução de uma quarta meta nos vários encontros dos Estados-Membros.
 
“Portugal tem-se batido nestas negociações não por uma, nem por três, mas por quatro metas”, disse o responsável. “Esse caminho começa a ter um apoio cada vez mais alargado na Comissão Europeia. Portugal, Espanha e também a Dinamarca padecem de insularidade energética, ou seja, por ausência ou constrangimento das interconexões não podemos partilhar todo o nosso potencial de produção de energia a partir de recursos endógenos, pela circunstância de haver um estrangulamento nessas interconexões”, explicou. Moreira da Silva, que esteve na última segunda-feira na Cimeira para o Crescimento Verde, em Bruxelas, acusa a Europa de ter falhado nesta área, isto porque, explica, “em 2002 em Barcelona, foi fixado o objectivo de ter, até 2012, 10% de interligações e esse valor hoje é pouco superior a 3%”.
 
Para o responsável, o objectivo de uma Europa “descarbonizada, em que o custo de produção de energia seja o mais baixo possível e a segurança de abastecimento possa passar por gerir de uma forma mais integrada as infra-estruturas e não por repeti-las em países vizinhos” depende de uma aposta nas interconexões energéticas.
 
Neste momento, a Europa segue o pacote 20-20 para a energia e clima, tendo como metas para 2020 a redução de 20% das emissões de CO2, a introdução de 20% de energia de origem renovável no mix energético e ainda o alcançar de 20% de eficiência energética. Das três, apenas o objectivo para a eficiência energética não é vinculativo, sendo já certo que não será cumprido.
 
Recentemente, a Comissão Europeia anunciou que é necessário começar a pensar além deste horizonte e deverá apresentar novas metas para as emissões e para as renováveis até ao final deste ano.