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Fundos Europeus financiam investigação contra incêndios

02.09.2014
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Um sensor com capacidade para detetar as primeiras chamas de um incêndio em ambiente florestal: é este o projeto em desenvolvimento no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto apoiado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e cofinanciado pelo ON.2 – Programa Operacional do Norte.

Agora só falta desenvolver o sensor-piloto para que esta nova tecnologia possa começar a ser utilizada na prevenção contra incêndios.

E se existisse um sensor que detetasse as primeiras sinais de um incêndio florestal e emitisse um alerta a tempo de evitar o pior? Para já é só um projeto-piloto mas pode em breve tornar-se uma realidade ao serviço da prevenção contra incêndios florestais. A tecnologia integra lentes que captam infravermelhos a quilómetros de distância e foi criada pela Flicks, uma empresa incubada no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Agora pode transformar-se num instrumento fundamental na prevenção a um flagelo bem conhecido de Portugal, em especial nos meses quentes de verão. Só em 2013 arderam mais de 140 mil hectares de floresta.

“O projeto, vencedor de vários concursos internacionais, beneficiou também da investigação de uma tese de mestrado de Engenharia do Ambiente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, que permitiu identificar o que está a ser realizado mundialmente ao nível da prevenção e combate aos incêndios”, explica Marina Machado, responsável de desenvolvimento de negócio da Flicks.

Integrada na incubadora de empresas do UPTEC, a equipa da Flicks desenvolveu assim um protótipo daquilo que poderá ser “uma tecnologia inteligente de monitorização florestal, com lentes que filtram radiações infravermelhas a cerca de 14 quilómetros de distância”, continua a responsável. Realizado com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e dos serviços da Proteção de Civil do Porto e de Viana do Castelo, este estudo serve assim de base a um projeto piloto que necessita agora de cerca de 50 mil euros para passar da fase laboratorial para o desenvolvimento.

“Foi fundamental termos trabalhado no ambiente do UPTEC, onde estivemos integrados no programa de aceleração, com acesso a várias formações e conhecimento que contribuíram para criar este projeto. Agora é só descolar”, acrescenta Marina Machado.

O UPTEC está em funcionamento há sete anos, foi apoiado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional desde o anterior período de programação (2000-2006) e é cofinanciado pelo ON.2 – Programa Operacional Regional do Norte em 15,4 milhões de euros. Acolhe atualmente mais de 185 projetos empresariais e gerou cerca de 1500 empregos.

“Os primeiros sete anos foram fantásticos em termos de crescimento, agora arranca uma nova fase em que a aposta é na excelência do serviço, no apoio à sofisticação dos modelos de negócio”, afirma Carlos Brito, diretor do UPTEC.

O UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto venceu o prémio europeu RegioStars 2013 na categoria ‘Crescimento Inteligente’.