Entidade promotora
A INCOMPOL – Indústria de Componentes, S.A. foi fundada em 1987, com 7 funcionários, ocupando uma área coberta de 500 m2. Atualmente detém uma área total de 43.000 m2 e uma área coberta de 15.800 m2 distribuída pelo Porto Alto (11.600 m2) e Benavente ( 4.200 m2 ), a 38 km do aeroporto de Lisboa.
A principal atividade é a fabricação de componentes metálicos, nomeadamente peças estampadas, torneamento de série e montagem/soldadura de componentes, para a Indústria Automóvel, Elétrica/Eletrónica, Eletrodomésticos e Aeronáutica.
A Incompol encontra-se certificada desde 1997, segundo as ISO 9002 e a QS 9000. A conceção foi englobada em Dezembro de 2000 através da norma ISO 9001. Atualmente encontra-se certificada pelas normas ISO/TS 16949:2002, IQF 710.01 e ISO 14001:1999.
Histórico da Incompol
1986 |
Início de actividade, em 30 m2 com três funcionários, e um torno automático, com um capital social de 2100 contos. |
1988 |
Desenvolvimento acelerado de actividade com o grupo Inlan-GM , desenvolvido e implementado o Sistema da Qualidade ao encontro do Dossier de Referência da General Motors: “Objectivos para a Excelência”.
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1989 |
O capital social é aumentado para 6600 contos; aumento de capacidade, a empresa é auditada pelo grupo Inland-GM e atinge excelente pontuação para o Sistema de Garantia de Qualidade, de acordo com o referencial “Objectivos para a Excelência”. |
1990 |
Considerado pela Inlan-GM, “ FORNECEDOR DO ANO, para a área Ibérica”, estabilizado o volume de negócios e consolidada a organização, é estabelecido um plano de negócios a três anos que prevê um forte investimento em instalações e equipamento, para lançamento de candidatura a fornecedor preferencial de componentes para a indústria automóvel, junto dos principais fabricantes europeus. |
1993 |
Alteração de capital social para 200.000 contos, de 1990 a 1993 a área coberta triplica, e a capacidade instalada duplica. O Sistema de Garantia da Qualidade é avaliado pela Ford e obtém classificação positiva de acordo com o dossier de referência Q101. |
1994 |
Aquisição do 1º. robot de soldadura, aumento da capacidade de estampagem para 400 toneladas, aumento da capacidade de transformação anual para 5000 toneladas de matéria-prima. |
1995 |
A chegada a Portugal da AutoEuropa (Ford/VW) impulsiona definitivamente a Incompol que verá no ano seguinte o seu volume de negócios triplicar. Neste ano a empresa ultrapassa 1 milhão de contos de facturação. No âmbito dos requisitos Ford a Incompol sofre reavaliação do Sistema de Garantia de Qualidade e obtém pontuação que lhe permite concorrer ao prémio Q1. |
1996 |
O número de Colaboradores atinge a centena, o volume de negócios atinge os dois milhões de contos, a capacidade de estampagem é aumentada até às 800 toneladas. A Incompol, em reconhecimento pelo Sistema da Qualidade implementado e pela consistência da Qualidade nos fornecimentos vê-lhe atribuído o prémio Q1.... “The Q1 Award recognizes organization that have sustained levels of excellence in their systems and performance metrics resulting in customer satisfaction” ... retirado do, Q1 AWARD - Ford. |
1997 |
Fruto das exigências do mercado, e ao encontro das expectativas dos clientes a Incompol vê o seu Sistema da Qualidade reconhecido por terceira parte, NP EN 9002 – pela Apcer; QS 9000 – Quality System Requiremnts, Chrysler, Ford, General Motors, pelo BVQI. O número de funcionários ultrapassa a centena e meia, e o volume de negócios 2.000.000 contos. |
2000 |
Nova revisão do sistema com o objectivo de obter as certificações pelas normas, “NP EN ISO 9001. Em complemento, para avaliar a sua posição e detectar oportunidades de melhoria no percurso para a Excelência, participou no programa da APQ – “Da Certificação à Qualidade Total”. |
2002 |
Fortes investimentos em novas tecnologias, tais como dobragem de varão CNC, com vista a uma maior dependência e capacidade de inovação, inclui na sua estrutura organizacional duas novas áreas: Projecto e Desenvolvimento; Desenvolvimento de novos produtos. Paralelamente inicia a adaptação do sistema de gestão, de modo a obter a certificação ISO/TS 16949 e ISO 14001. |
2003 |
Ampliação da área coberta, visando fortes melhorias na zona de armazém, e zona de cargas/descargas.
Obtenção da certificação ISO TS 16949
O nº de funcionários aproxima-se dos 200.
Aquisição de diversos equipamentos para o sector de manutenção, tendo em vista a construção de ferramentas.
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2004 |
Grandes investimentos na área exterior, bem como continuação da ampliação da zona coberta, incluindo nesta um parque de resíduos, tendo em vista a certificação ambiental.
A Incompol alcança a certificação ambiental ISO 14001.
A facturação ultrapassa os 14.000.000 de Euros.
Inicio da actividade no sector aeronáutico, bem como obtenção da certificação aeronáutica IQF 710.01 (OGMA)
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2005 |
Arranque da nova fábrica de Benavente, tendo em vista o fabrico de peças maquinadas.
Construção do primeiro estaleiro para o cliente Pilatus (fabricante de aviões suíço)
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2006 |
Ampliação das instalações de Benavente
Implantação da fábrica de ferramentas em Benavente
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2007 |
Reforço de contactos comerciais com a indústria aeronáutica |
2008 |
Criação da área aeronáutica, dotada de recursos humanos, infraestruturas e equipamentos
Arranque no novo centro de formação dedicado exclusivamente ao reforço das competências dos colaboradores da Incompol.
Volume de negócios ultrapassa os 21.000.000 Euros.
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2009 |
Forte quebra da facturação, derivado da estagnação do sector automóvel.
Aquisição de equipamento de maquinação de 5 eixos, e início do fornecimento em série de componentes para a indústria da aeronáutica.
Implementação do sistema da qualidade segundo os requisitos da EN 9100, com classificação de 99,5%
A Incompol é distinguida com o prémio: PME Excelência (FINCRESCE-IAPMEI).
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2012 |
Ano com melhores resultados ao nível da captação de novos negócios, nos sectores aeronáutico e automóvel.
Reforço na capacidade de produção através da aquisição de prensas de 330 e 600 toneladas.
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2013 |
A Incompol ganha o concurso internacional para fornecimento de estaleiros de montagem para o avião militar KC390 da Embraer, posicionando-se como um dos principais players deste sector a nível internacional.
Desenvolvimento de tecnologias inovadoras ao nível da inserção de componentes em processos de estampagem progressiva. A Incompol passa a ser das poucas empresas com este know-how a nível internacional.
Aquisição de novo centro de maquinação permitindo o fornecimento de peças para aeronáutica até 1500 mm.
Volume de negócios ultrapassa os 18.000.000 Euros, 7.300 Toneladas transformadas, 25.000.000 peças produzidas. |
Principais clientes
Projeto
Apoio
O projeto, denominado ‘Preparar o futuro’ promovido pela Incompol no âmbito Sistema de Incentivos à Inovação foi apoiado pelo COMPETE, envolvendo um Investimento elegível de €1.640.876,06 o que correspondeu a um Incentivo FEDER de €954.104,98.
Domínios de Intervenção
O projeto pretendeu abranger os seguintes domínios:
a) - Melhoria da eficiência dos processos produtivos com a
a1 - introdução de melhorias tecnológicas com impacte nos domínios do produto, exportações, emprego
a2 - optimização de linhas e processos de produção através da implementação de soluções técnicas e metodologias avançadas de optimização (lean manufacturing, TPM )
a3 - desenvolvimento da eficiência energética e ambiental nos processos produtivos
b) - Ajustamento para novos perfis de especialização de maior valor acrescentado, com maior diversidade de produtos, orientados para novos sectores, com resposta mais rápida, séries de menores quantidades e níveis de qualidade mais elevados.
Enquadramento
Face às oportunidades relacionadas com a existência de novos mercados (veículos verdes, aeronáutica, médico-cirúrgico) e com as atuais tendências do mercado que têm vindo a solicitar maior diversidade de produtos, respostas mais rápidas, séries de menores quantidades, ciclos de vida mais reduzidos, materiais mais diversificados, menores tempos de industrialização, níveis de qualidade mais elevados a custos mais baixos, pretendeu-se com o projeto:
• agilizar os seus meios produtivos,
• melhorar a eficiência operacional,
• apertar os padrões de qualidade e alargar a certificação a novas áreas ,
• gerir e controlar a produção ,
• reforçar e diversificar as suas capacidades de engenharia e
• melhorar a eficiência ambiental e energética.
O Investimento foi orientado para as áreas de Produção, Soldadura e execução de Ferramentas, para as áreas de Gestão e Controlo, para a área de Desenvolvimento e Projeto, para a área de Eficiência Ambiental e Energética e para a área da Qualidade envolvendo ainda um elevado volume de formação transversal a toda a fábrica.
Ações implementadas
Os investimentos na área Produtiva foram centrados sobretudo em equipamentos orientados para pequenos lotes de produção, com tempos de setup de ferramentas muito rápidos energética e ambientalmente muito eficientes.
Os investimentos na área de execução de Ferramentas destinaram-se a agilizar e a melhorar a execução de ferramentas reduzindo igualmente a dependência dos fornecimentos do exterior.
Os investimentos na área de Gestão e Controlo foram, sobretudo centrados num sistema de recolha automática dos dados das máquinas e dos operadores, permitindo o cálculo da eficiência operacional dos equipamentos.
Os investimentos na área de Desenvolvimento e Projeto foram orientados para a aquisição de software destinado a reforçar a área de desenvolvimento de produto da empresa.
Os investimentos na área de Eficiência Energética destinaram-se à aquisição de equipamentos energética e ambientalmente eficientes orientados sobretudo para os balneários e sistema de lavagem, iluminação exterior da fábrica e parqueamentos e na melhoria das condições de trabalho, com custos energéticos substancialmente reduzidos.
Os investimentos na área da Qualidade destinaram-se a obter a certificação aeronáutica, por forma a poder responder às solicitações crescentes que este sector lhe tem vindo a fazer.
Testemunho
Segundo Rogério Hortelão, Presidente executivo, "a mais valia deste projeto, só possível com o apoio do COMPETE, foi o salto em termos de competitividade, sustentado em melhorias tecnológicas, maior eficiência dos processos produtivos e especialização em sectores de maior valor acrescentado".