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ISA | A primeira empresa portuguesa no Alternext

16.07.2012
  • Incentivos às Empresas

A ISA - Intelligent Sensing Anywhere, SA, empresa líder mundial no mercado da telemetria, é a primeira empresa portuguesa a ser admitida à cotação no NYSE Alternext, um mercado do grupo NYSE Euronext dedicado às pequenas e médias empresas (PME).

No passado mês de Junho a Intelligent Sensing Anywhere (ISA) entrou na bolsa de Lisboa, a primeira nos últimos quatro anos depois da estreia da EDP Renováveis em Junho de 2008 e da F. Ramada no mês seguinte.

Criado em 2005, no seio do maior e mais líquido mercado acionista mundial - o NYSE Euronext -para a admissão de empresas de pequena e média capitalização, o mercado Alternext é comum às praças de Paris, Amesterdão, Lisboa e Bruxelas Conta actualmente com 180 cotadas, sendo que a ISA será a primeira portuguesa.

A admissão da ISA à cotação no NYSE Alternext foi concretizada através da colocação privada de 520.626 novas ações no valor de 5 euros por ação, que permitiram um encaixe de 2,6 milhões de euros.

A empresa de base tecnológica já conseguiu implementar as suas soluções nos cinco continentes. A ISA foi fundada em 1990 por um grupo de jovens recém-licenciados da Universidade de Coimbra, com espírito empreendedor e know how na área do desenvolvimento de soluções de monitorização remota. Actualmente, a ISA desenvolve a sua actividade em duas áreas distintas: Oil & Gas e Eficiência energética, estimando que os proveitos operacionais cresçam 60% para 12 milhões de euros em 2013.

Esta empresa criada à vinte anos e que actua na área da telemetria aposta intensamente na inovação, na investigação e desenvolvimento e na internacionalização, rentabilizando recursos e capitalizando instrumentos. No âmbito do COMPETE apresentou mais de uma dezena de projectos  aprovados envolvendo um total de 7 milhões de euros de investimento, correspondendo a 4 milhões de incentivo FEDER.

EXPORTAR PARA AS AMÉRICAS
A companhia lidera a área de sistemas de telemetria aplicada à gestão de reservatórios de GPL e quer fornecer, pelo menos, uma “major” petrolífera e terna Europa uma quota de mercado mínima da ordem dos 10%. Luísa Matos, um dos quadros da empresa, afirma que “a aposta no mercado global tem sido uma constante, a par com a permanente aposta na inovação e no reforço das competências internas da empresa”. A responsável acredita que o alargamento da ISA a novos mercados é a peça chave para o crescimento, tendo em conta que existe ainda muito potencial de mercado por explorar.
Isto apesar de, em 2010, a empresa já ter exportado para 22 países.

A conquista de mercados externos tem sido feita, sobretudo, através da introdução de agentes em vários países do mundo como Espanha e Brasil (2002), Alemanha e Eslovénia (2004), Roménia, República Checa e Estónia (2006), Turquia e Austrália (2007). A par dessa expansão, a ISA tem delegações com escritórios próprios em Espanha e França desde 2006 e constituiu, em 2007, a ISA Sul América em S. Paulo.

Luísa Matos justifica parte do sucesso que a empresa tem tido com a internacionalização da empresa por cobrir segmentos de mercado muito específicos: “A ISA tem como missão oferecer produtos e soluções inteligentes de medição e controlo à distância que satisfaçam as necessidades de informação, gestão e optimização, em tempo real, nos mercados petrolífero, energético, ambiental, dos transportes, da segurança, domótica e da saúde, contribuindo de forma significativa para a criação de valor sustentado, em todo o mundo”.

Sediada em Coimbra, onde concentra todo o trabalho de I&D, a empresa tem contribuído para o desenvolvimento da região, nomeadamente através da forte ligação que detém com o meio académico a partir do recrutamento de jovens talentos nas áreas da engenharia física, electrotécnica e informática. Actualmente, conta com mais de 120 colaboradores.
Neste contexto, Luísa Matos acrescenta que os fundos comunitários são essenciais, nomeadamente para apoiara dinamização de mercados muitas vezes em fase embrionária.

“Os benefícios da telemetria, por exemplo aplicada à eficiência energética no mercado residencial, são notáveis. No entanto, a percepção desse valor por parte do mercado apenas é possível com a criação de pilotos de larga escala apoiados por entidades públicas.

Estes permitirão reduzir os custos da tecnologia antes do alargamento ao mercado de massas”, explica.
A responsável concretiza que os apoios do QREN, concretamente em projectos de internacionalização, têm permitido alargar e profissionalizar a actuação nos mercados, recorrendo a consultoria especializada e actores locais com grande experiência. “Única forma de internacionalizar de forma sustentável”, refere, assumindo que é objectivo da ISA exportar 85% dos seus serviços.