“A Inovação é a única estratégia sustentável para que Portugal consiga atingir os níveis de desenvolvimento dos países mais avançados e para isso torna-se crucial apostar nos Recursos Humanos”, disse Jorge Santos, vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), na abertura do seminário “Portugal 2020 - Oportunidades e Desafios para as Empresas”, realizado no CCL, no dia 5 de março.
“Esta cultura de Inovação, que importa dinamizar no tecido empresarial, está diretamente associada à nova vaga exportadora que impulsiona a partilha de “know-how” especializado para promover a introdução de novas práticas produtivas e de reengenharia de processos”, sublinhou o “vice” da AIP aos cerca de 800 participantes (na sua maioria empresários e gestores) no encontro destinado a explicar as medidas de apoio às empresas e ao investimento nas áreas da inovação, internacionalização, formação e emprego durante os próximos anos.
Em Portugal, o investimento das empresas em formação ainda é comparativamente baixo, em relação aos restantes países da UE-27 (12 pontos percentuais abaixo da média, em 2010).
“A existência de pessoas qualificadas e com competências adequadas é fundamental para a evolução e competitividade das empresas e a aposta em formação profissional deve ser encarada como uma mais-valia e um investimento com retorno”, relevou o dirigente da AIP, ao defender “a adequação entre os processos de formação profissional e as estratégias e necessidades empresariais”.
Por outro lado, “o reforço da competitividade da economia portuguesa e o aumento da sua presença em mercados externos”, passa, segundo Jorge Santos, pelo “desenvolvimento das atividades intensivas de conhecimento, na aposta de bens/serviços transacionáveis, no reforço da qualificação do tecido empresarial e na promoção da empregabilidade, permitindo uma convergência com as economias mais proeminentes da União Europeia”.
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O estímulo à diversificação produtiva e a implementação de estratégias de internacionalização que contribuam para o equilíbrio da nossa balança de transações correntes; a aposta na reconversão da indústria e de um novo perfil de especialização da economia portuguesa capaz de gerar um efeito de arrastamento nas PME; o apoio à introdução de novos produtos e serviços, novos métodos organizacionais, novos processos de produção, logística e distribuição constituem objetivos que vemos com agrado retratados nos Sistemas de Incentivos às Empresas agora publicados”, frisou ainda Jorge Santos.
Alguns aspetos ao nível da governação do Portugal 2020 merecem ser “prosseguidos, monitorizados e continuamente melhorados”, referiu o vice-presidente da AIP, entre eles “a articulação entre os vários programas nacionais e os programas europeus, permitindo às empresas desenvolver redes de cooperação com outros países; a previsibilidade de abertura de concursos através de calendário a ser divulgado; e informação, da parte da Instituição Financeira de Desenvolvimento, sobre soluções para a capitalização das PME e fontes de financiamento da atividade produtiva necessárias para elas poderem cumprir os rácios de acesso e de implementação dos projetos no Portugal 2020”.
Eduardo Cardadeiro, administrador e presidente da Comissão de Auditoria da IFD, Duarte Rodrigues, vogal do conselho diretivo da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, Jaime Andrez, vogal da Comissão diretiva do Compete 2020, Domingos Lopes, gestor do PO Inclusão Social e Emprego, Pedro Cilínio, diretor de Gestão de Incentivos PME do IAPMEI e Francisco Baptista, diretor de Incentivos PME da AICEP foram os intervenientes no seminário.
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Fonte: Site da AIP-CCI