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Novo protocolo para financiar Empreendedorismo | Business Angels apoiam projectos turísticos

01.08.2013
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Com o objectivo de oferecer financiamento alternativo para o sector, o Turismo de Portugal (TP) assinou, a 18 de julho, um procoloco de colaboração com a Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA).

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Com o objetivo de oferecer financiamento alternativo para o sector, o Turismo de Portugal (TP) assinou, a 18 de julho, um protoloco de colaboração com a Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA). Presenta na assinatura da parceria esteve também Adolfo Mesquita Nunes, Secretário do Estado do Turismo, que manifestou a sua satisfação por este acordo permitir um menor papel do Estado no financiamento e incentivar a aposta em projetos inovadores.
 
Durante anos, a maioria dos projetos turísticos tinha a ver com a construção e o reforço do alojamento. Hoje, Portugal conta com muitas e boas infraestruturas e a hotelaria deixou de ser o destino principal dos mecanismos de financiamento. Em destaque, estão agora outros projetos que merecem ser apoiados e que passaram a contar com unia nova fonte de financiamento, ao abrigo do protocolo que traz os business angels, investidores Individuais que investem no capital das empresas em fase de arranque, fornecendo-lhes apoio monetário, conhecimentos técnicos e de gestão, bem como a facilitação de contactos, para apoiar o sector.

Assinado pelo presidente do TP, Frederico Costa, pelo próprio secretário de Estado do Turismo e também pelo presidente da FNABA, Francisco Banha, o protocolo de colaboração visa dinamizar investimentos em micro e pequenas empresas do sector, através de fontes de financiamento alternativas, de forma a promover o desenvolvimento de projetos diferenciados.

O protocolo estabelece a possibilidade de virem a ser criados mecanismos de financiamento específicos de apoio ao empreendedorismo turístico, que permitirão que o licenciamento público acompanhe e complemente o privado, um dos pontos mais evidenciados por Adolfo Mesquita Nunes, que frisou a sua satisfação por este acordo permitir que “o papel do Estado seja menor e o dos business angels maior”. “Sentíamos falta de trazer esta componente não estatal de análise de projetos, mais arrojada e mais aberta ao risco, e com a participação dos privados. E fazia falta este protocolo de colaboração, que é um meio caminho relativamente aquilo em que devíamos estar já”, salientou o secretário de Estado do Turismo.

 Mas o governante destacou também a importância deste protocolo por permitir apoiar outras áreas- chave do turismo, salientando que “o turismo não é só alojamento” e considerando que esta ideia tem “diminuído a perceção pública sobre a importância económica do turismo”, dai que exista um longo caminho para percorrer “nas outras áreas, até para complementar algo que o alojamento nunca poderá oferecer, que é o produto e o destino turístico”, afirmou, considerando que o turismo “é uma boa área de investimento”.
 

APOSTA NA ENGENHARIA DO PRODUTO

Tal como o secretário de Estado do Turismo, também Frederico Costa realçou a necessidade de apoiar outras áreas do sector, considerando que o país já “está muito bem apetrechado” no hardware, sendo agora necessário investir no software, ou seja, na “engenharia do produto e na engenharia dos destinos”. “Falta, de facto, nova engenharia financeira, falta novo empreendedorismo e disponibilidade para projetos de animação, tecnologia e para pequenos projetos que fazem a diferença no turismo”, considerou.

E foi também a importância deste protocolo “para a melhoria do apoio aos investidores portugueses” que Francisco Banha, presidente da FNABA, destacou, afirmando que “não se pode esperar que sela só o Estado a apoiar projetos inovadores, nem tão pouco a banca”, comprometendo-se a tudo fazer para “garantir que as empresas e projetos não fiquem pelo caminho”.

Além dos mecanismos do TP, os business angels dispõem de um fundo de coinvestimento de 42 milhões de euros, 27 milhões dos quais provenientes de fundos comunitários, contando também com o suporte institucional do TP para a criação de novos projetos, enquanto as empresas passam a ter acesso à rede de investidores mundiais em que a FNABA está inserida.

Fonte: Turisver