Porque a Responsabilidade Social é um factor crítico de competitividade, o COMPETE apoiou 18 projetos, já concluídos e com resultados, entre 2009 e 2013, envolvendo 3000 empresas, que participaram em ações de sensibilização para as práticas inovadoras nesta área.
A Responsabilidade Social é um factor crítico de competitividade. A competitividade sustentável depende do forte envolvimento das empresas e a adopção de práticas de sustentabilidade também podem ser um excelente negócio, seja porque a implementação de boas práticas de eficiência permite reduzir custos e mitigar riscos e as acções de responsabilidade social melhoram a produtividade, pois motivam os trabalhadores e aumentam o good-will da empresa.
É neste contexto , que o Programa COMPETE (Programa Operacional Fatores de Competitividade que apoiou 18 projetos ( já concluídos e com resultados) entre 2009 e 2013, envolvendo um total de 8 milhões de euros de investimentos, correspondendo a um incentivo do FEDER, através do COMPETE de cerca de 6 milhões de euros.
O Programa COMPETE assume particular relevância na prossecução dos objetivos da Agenda Operacional Fatores de Competitividade do QREN – em particular a promoção de níveis de crescimento económico que assegure a retoma sustentada da trajetória de convergência real da economia portuguesa com a União Europeia – que é na essencial operacionalizada por este Programa temático com incidência nas três regiões de convergência (Norte, Centro e Alentejo) e pelos Programas Operacionais Regionais.
O COMPETE visa a melhoria sustentada da competitividade da economia portuguesa num contexto de mercado global, intervindo sobre dimensões consideradas estratégicas, como a inovação, o desenvolvimento científico e tecnológico, a internacionalização, o empreendedorismo e a modernização da Administração Pública.
Na estrutura deste Programa o Sistema de Apoio a Ações Coletivas (SIAC) tem como objetivo dinamizar iniciativas que sejam geradoras de externalidades positivas em matéria de reforço da competitividade do tecido empresarial. Os projetos apoiados concretizam-se na disponibilização de bens públicos ou semipúblicos que permitem induzir efeitos de demonstração e arrastamento significativos para o conjunto da economia nacional ou para algumas das suas regiões, setores, clusters ou outras redes associadas a Estratégias de Eficiência Coletiva, e reúnem cumulativamente as seguintes condições: prosseguir um objetivo de interesse comum, suprir falhas de mercado que afetem um conjunto alargado de empresas, assegurar que o acesso aos produtos e serviços disponibilizados com a sua realização é amplamente publicitado e complementado por ações de demonstração.
O SIAC insere-se numa tendência de descentralizar para um conjunto de entidades não públicas da envolvente empresarial a provisão de bens públicos (serviços) de apoio à competitividade.
Foi no quadro deste sistema de apoio que se desenvolveram com Associações Empresariais ações envolvendo: diagnósticos setoriais, na identificação de práticas inovadoras de RSE, passando pela pesquisa documental, até ao benchmarking estratégico com vista a estabelecer comparações de práticas e comportamentos com base num referencial de elevado nível de intervenção. Este trabalho envolveu a colaboração com entidades externas com experiência no desenvolvimento de projectos de natureza empresarial, integradas em redes nacionais e participantes em fóruns de Responsabilidade Social.
No total mais de 3000 empresas participaram em ações de sensibilização para as práticas inovadoras de RSE, foram elaborados 15 Manuais de RSE para diferentes setores da actividade económica, caso do setor do calçado, do têxtil, da cerâmica, das pedras naturais e ornamentais, entre outros.
Pela riqueza dos resultados obtidos dedicamos a presente edição e a da próxima semana a esta temática e a estes projetos.