Projeto | PETRA
O projeto “Práticas responsáveis nas áreas da energia, ambiente e responsabilidade social”, de acrónimo PETRA, promovido pela ASSIMAGRA – Associação Portuguesa dos Recursos Minerais, associação que representa mais de 300 empresas de transformação e extracção de pedra (ornamental e industrial), compreendeu três domínios de intervenção, designadamente: Energia, Ambiente e Responsabilidade Social e teve como principal desígnio, preparar as empresas do Sector da Pedra Natural para desempenhos eco eficientes e socialmente responsáveis, através da realização de um conjunto de acções de apoio e motivadoras de um comportamento moderno, nos domínios de intervenção referidos, que, no essencial, teriam tradução no aumento da sua competitividade.
Para a prossecução dos objectivos propostos, o PETRA desenvolveu várias actividades, integradas nas seguintes áreas de projecto:
- Promoção e difusão de novas oportunidades de produção de energias renováveis;
- Campanhas de sensibilização para a eficiência energética;
- Preparação de empresas para novos requisitos comunitários e nacionais;
- Sensibilização para novas práticas ambientais em empresas;
- Campanhas de promoção da responsabilidade social de empresas.
Apoio COMPETE
A tipologia de operações do PETRA e o âmbito de intervenção estratégico desenvolvidas pela ASSIMAGRA, quer em termos gerais quer em termos específicos, teve enquadramento na Estratégia de Eficiência Colectiva preconizada pelo Sector da Pedra Natural, quer na tipologia Clusters, com a EEC - Cluster da Pedra Natural, quer na tipologia Estratégias de Valorização Económica de Base Territorial, com o Programa de Acção PROVERE da Zona dos Mármores.
O PETRA mereceu o apoio do COMPETE no âmbito das Acções Colectivas, envolvendo um investimento elegível de 466 mil euros o que correspondeu a um incentivo FEDER de 326 mil Euros . O projeto, atualmente encerrado, teve uma execução final de 96%.
Atividades do projeto
Em sede de candidatura, para cada uma das actividades do projecto, foi previsto o envolvimento de PME’s, tendo-se verificado que, globalmente, o projecto envolveu a participação de cerca de 500 empresas (300 das quais associadas da ASSIMAGRA), em acções de sensibilização, de difusão de “outputs”, de demonstração, em estudos de caso, entre outras.
O projecto permitiu o desenvolvimento e a difusão de instrumentos - referenciais de boas práticas ambientais e sociais - cuja utilização, por parte das organizações empresariais, conduziu a melhorias ao nível do seu desempenho ambiental e social, induzindo assim, incrementos de competitividade e a assunção de posturas pró-ambiente e de responsabilidade social, imperativos que actualmente se colocam a todas as empresas.
No que concerne à componente específica de Responsabilidade social das empresas, a sua execução incidiu na identificação de práticas de Responsabilidade Social nas empresas do sector, através da recolha de informação suportada na realização de entrevistas e de inquéritos, tendo por objectivo obter um melhor conhecimento sobre o “estado da arte” no sector e sobre o que de melhor se faz nesta matéria, perceber as suas potencialidades e limitações, forma de replicação e medidas correctivas a adoptar.
Das intervenções resultou um relatório estruturado, em “Fichas de Boas Práticas” de cada uma das empresas. Mais do que uma listagem de boas práticas identificadas ou uma descrição intensiva de cada boa prática e do seu relacionamento com a Comunidade, pretendeu-se sobretudo a apresentação de informação relevante, que funcionasse como ponto de partida e como um instrumento que promovesse e fosse catalisador de boas práticas para corrigir fraquezas e melhorar o desempenho social das empresas. Através da divulgação dos resultados alcançados, estas acções, impulsionaram o desenvolvimento de novos projectos que se sucederam no sector das Pedras Naturais, dando continuidade ao trabalho então iniciado, e que têm vindo a contribuir para a mudança da imagem do Sector, associando-lhe crescentes níveis de consciencialização ambiental e social.
Testemunho
Segundo Miguel Goulão, um dos coordenadores responsáveis, "este projeto só foi possível com o apoio do COMPETE, possibilitando a geração de um sector altamente sustentável e cujo trabalho tem vindo a ser continuamente reconhecido".