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Portugal Náutico: Trabalhar em rede para organizar a fileira e dotá-la de uma estratégia coletiva

29.07.2014
  • Compete
  • Acções Colectivas

Promovido pela AEP em parceria com a Oceano XXI, o projeto visa a consciencialização dos agentes económicos e institucionais para o potencial do território hídrico português, agregando-os numa rede colaborativa que dê corpo a uma estratégia coletiva que conduza à organização e desenvolvimento da fileira portuguesa da náutica de recreio.

Portugal Náutico from Portugal Náutico on Vimeo.


O debate foi lançado pela Iniciativa Portugal Náutico: o que fazer para dotar Portugal de uma estratégia coletiva que acelere a organização da fileira da náutica de recreio, capacitando-a para competir no mercado global?

A questão foi realçada na recente apresentação pública do projeto, no I Encontro Portugal Náutico que teve lugar, na Exponor, em Matosinhos, durante o 4.º Fórum do Mar e debatido com o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, que ficou a conhecer as ações e os propósitos da iniciativa - que lhe mereceu imediato apoio.

 

Apoio

O projeto, que é co-financiado pelo Compete no âmbito do SIAC, com um investimento elegível de  383 mil euros, envolvendo um incentivo FEDER de 306.mil euros.

 

Testemunho

Segundo Maria da Saúde Inácio, responsável do projeto: “Para este trabalho em rede com toda a fileira da náutica de recreio, foi essencial o apoio do Compete. Só assim será possível trabalhar para uma estratégia coletiva, que leve o país a rentabilizar o enorme potencial do seu território hídrico.”

 

Projeto

O projeto está em execução até meados do próximo ano e foi desenhado numa lógica agregadora, para promover a adesão e a participação de todas as entidades relacionadas com um universo de interesses identificado pela sigla MAR: mar, albufeiras e rios. Trata-se do contributo que a AEP, em parceria com a Oceano XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar, pretende dar para que o país possa rentabilizar o enorme potencial do seu território hídrico.

Imagem do projeto

Objetivos

Partindo da definição de Mar Maior, o grande objetivo estratégico do Projeto Portugal Náutico, centra-se no desenvolvimento de uma rede empresarial que agregue, fomente e consolide as competências de Portugal no setor da Náutica de Recreio, construindo uma oferta integrada, competitiva e credível, e a promova e divulgue internacionalmente, sendo que para tal será necessário:

> Estabelecer parcerias internacionais;

> Atrair embarcações para invernagem em Portugal;

> Tornar competitiva a estadia em Portugal;

> Proporcionar, aos nautas, experiências únicas de entretenimento e lazer;

> Aproveitar referências – role models portugueses – da náutica;

> Tornar Portugal como centro de formação de excelência na Europa.

Para tal, o projeto propõe-se desenvolver uma estratégia integrada, promotora de complementaridades, tanto do ponto de vista territorial como sectorial, já que é fundamental a criação de uma massa crítica que viabilize a iniciativa a ser alcançada. Esta massa crítica pode acontecer através de um networking que envolva os vários players da fileira, entendida não somente na esfera das atividades económicas ligadas à náutica e marinas, como também às infraestruturas e às autarquias, cuja valorização e articulação sejam passíveis de integração - no âmbito desta iniciativa - e que permitam:

> Criar destinos turísticos para fomento da atividade de charter e melhorar a manutenção e reparação de embarcações;

> Maximizar o legado histórico;

> Maximizar o potencial das infraestruturas náuticas integradas na economia das cidades;

> Dinamizar eventos relevantes;

> Dinamizar a produção industrial de produtos e serviços da Náutica de Recreio;

> Desenvolver as diversas fileiras da Náutica de Recreio.

Atividades desenvolvidas

Nos quatro seminários já realizados (Matosinhos, Peniche, Viana do Castelo e Tavira) e no encontro de apresentação do projeto, foi possível confirmar que o país terá hoje cerca de 16 mil postos de amarração, depois dos investimentos, públicos e privados, que nos últimos anos se fizeram em Troia, Parque das Nações (Lisboa), Madeira, Alqueva e na região Norte. No entanto, anualmente passam ao largo da nossa costa entre 10 mil e 15 mil embarcações. Coloca-se, por isso, a necessidade de organizar e promover toda uma cadeia de valor, para que Portugal rentabilize as suas condições naturais e as infra-estruturas concretizadas nas últimas duas décadas. Só assim, o país será capaz de competir à escala europeia, batendo-se com a França, Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda ou a emergente Croácia. É que, com a superação da crise financeira mundial, o mercado náutico mundial tem vindo a retomar a curva de crescimento e deverá valer cerca de 27,2 mil milhões de euros no próximo ano.