Tratou-se pois de uma oportunidade de discussão de um tema da maior atualidade, enquadrado no modelo de desenvolvimento Europeu, cujas políticas e instrumentos de agregação de parceiros e agentes económicos, estarão na base do estímulo e suporte às economias Europeias e às suas metas para 2020.
Em Portugal, o Governo tem em curso o processo de lançamento do segundo ciclo de reconhecimento de Clusters (redes de cooperação que integram Empresas, Entidades do Sistema Científico e Tecnológico e outros Organismos Públicos e Privados numa lógica de cadeia de valor, com as quais serão contratualizados programas para a dinamização da economia através do reforço da competitividade e internacionalização de cadeias de valor estratégicas).
O 1º ENCONTRO ANUAL PORTUGALclusters, que juntou mais de 120 participantes (empresários, investigadores, técnicos, decisores políticos, associações empresariais, entidades do sistema científico e tecnológico nacional), envolveu intervenções sobre temas relevantes como a Clusterização e o desenvolvimento da economia, a clusterização a nível internacional, a relação entre a clusterização e as estratégias de especialização inteligente e ainda as oportunidades 2014-2020 nos planos regionais, nacional e europeu. Para isso contou com a participação de personalidades e entidades relevantes para este debate como o Miguel Cruz (IAPMEI), José Caldeira (Agência Nacional de Inovação), Carlos Neves (CCDR-N), Ana Abrunhosa (CCDR-C), António Costa da Silva (CCDR-Alentejo) e ainda o Daniel Bessa (COTEC), Augusto Medina (SPi), Konstantine Schneider (VDi-VDe/ESCA) e a Luisa Sanches (em representação da DG Regio).
As principais conclusões desta iniciativa foram:
- O Processo de Clusterização em Portugal tem sido um sucesso, não apenas por terem sido alcançados e em alguns casos superados os objetivos preconizados, mas também, quando a comparamos com o que foi concretizado na generalidade dos restantes Países da Europa;
- Podemos hoje afirmar que existe uma relação positiva entre as estratégias de eficiência coletiva (clusterização) e o desenvolvimento económico, cujos resultados vão ser mais visíveis a médio e longo prazo na competitividade do País;
- Portugal tem de conseguir comunicar melhor o seu processo de clusterização e em especial a divulgação dos seus resultados;
- Portugal já tem um conjunto significativo de clusters reconhecidos a nível internacional, através do BRONZE LABEL da ESCA estando alguns já em fase de concretização do GOLD LABEL, o que pontua claramente o esforço para a qualidade de gestão dos clusters;
- O processo de clusterização não é uma moda mundial, mas uma visão moderna e inteligente de agregação de agentes em torno da promoção de estratégias de desenvolvimento e crescimento económico, para o incremento competitivo das Nações;
- Os clusters têm um papel central na Estratégia Europeia 2020, cruzando os desafios da Especialização Inteligente (RIS3) com as várias dimensões, regional, nacional e internacional;
- As CCDR presentes identificaram as suas prioridades regionais, cruzando-as com o processo de clusterização em curso, visando os objetivos de desenvolvimento da economia Portuguesa preconizados no Portugal 2020;
- Foram identificados alguns constrangimentos eventuais de articulação dos vários Programas Operacionais, especialmente no cruzamento entre os desafios regionais e nacionais, o que poderá ter algum impacto na eficiência e no calendário de disponibilização dos novos instrumentos de suporte à economia, em Portugal;
- Ficou patente que o novo ciclo de desenvolvimento do processo de clusterização em Portugal não se pode atrasar sob pena de criar sérios constrangimentos nos agentes económicos, nomeadamente nas PMEs e na própria dinâmica dos Clusters nacionais;
- O calendário prevê o arranque do segundo ciclo de reconhecimento dos Clusters em Portugal no último trimestre de 2014.
A Organização do 1º ENCONTRO ANUAL PORTUGALclusters considera que o evento atingiu as suas expectativas de ampliar o debate sobre o tema da clusterização em Portugal, promovendo uma forte integração dos stakeholders em torno de Estratégias de Eficiência Coletiva em Portugal, justificando-se assim a realização anual desta iniciativa no futuro.
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