PROJETO ONS – ABIMOTA

Descrição da entidade promotora

Missão

A ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias das Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins tem como missão a defesa e promoção dos legítimos interesses dos seus Associados, com vista ao desenvolvimento da atividade que exercem e ao progresso económico e social do País.

Visão

Sermos um ponto de referência, a nível nacional, no apoio aos Associados e Clientes, através do fornecimento de serviços com elevado valor acrescentado.

Historial da ABIMOTA

A ABIMOTA – Associação Nacional dos Industriais de Bicicletas, Ciclomotores, Motociclos e Acessórios foi constituída por escritura pública em 1 de Julho de 1975 por um grupo de industriais ligados ao sector das duas rodas. Os estatutos defendidos por estes pioneiros defendem, como prioridade máxima, a promoção do desenvolvimento, o progresso da indústria exercida pelos seus associados e a defesa dos seus interesses.

Inicialmente, as empresas que integravam a ABIMOTA eram empresas individuais e coletivas que exerciam, no nosso país, o fabrico e montagem de bicicletas, ciclomotores, motociclos e seus acessórios. Posteriormente, no ano de 2003, o âmbito da Associação foi estendido a mais dois sectores: Ferragens e Mobiliário, o que permitiu a integração, como associadas, de empresas representantes destes sectores de atividade.

A alteração dos estatutos e de designação para ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins, permitiu a integração dos sectores das ferragens e do mobiliário metálico, sectores com fortes afinidades ao das duas rodas, nomeadamente em termos de concentração industrial e da indústria metalomecânica.

Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, de Utilidade Pública, que tem como objetivo ajudar os Associados e o País a atingir metas de qualidade relevantes.

A ABIMOTA tem sede na Borralha, Concelho de Águeda e Distrito de Aveiro. Está implantada numa área de 1750 m2, em instalações concebidas para o efeito, possuindo meios técnicos, organização e recursos humanos que satisfazem os requisitos de Garantia da Qualidade de acordo com a norma NP EN ISO/IEC 17025: 2005.

A ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins, é ONS – Organismo de Normalização Sectorial (ONS), ao abrigo do protocolo celebrado com o IPQ em 1987, para o domínio de Veículos de Duas Rodas e mais recentemente no domínio das Acessibilidades.
Como ONS a ABIMOTA tem desenvolvido, nos últimos anos, várias ações efetivas no sentido de desenvolver a normalização em Portugal e possibilitar às empresas destes sectores, essencialmente PME’s, um acompanhamento da atividade normativa a nível europeu.

Enquadramento

A ABIMOTA, enquanto ONS e mesmo como Entidade de Utilidade Pública sem Fins Lucrativos, está perfeitamente consciente da importância que a normalização representa no mercado, reconhecido e recomendado pela própria Comissão Europeia como estratégia a seguir pelos Estados Membros, dado o papel relevante enquanto instrumento de apoio à inovação e ao acesso aos mercados e também pelo alcance estratégico que representa para a dinamização da competitividade e crescimento sustentado. Para os agentes económicos, nomeadamente as PME’s, a normalização é fundamental na medida em que sendo as normas documentos técnicos de utilização voluntária, têm tido uma crescente generalização por parte dos agentes económicos que querem manter e afirmar a sua posição no mercado.

Projeto

É neste sentido que a ABIMOTA, através da execução deste projeto, conseguiu assegurar a possibilidade de dar uma resposta a problemas comuns das empresas nacionais destes sectores, traduzindo os resultados na geração de externalidades positivas indutoras de efeitos de arrastamento na economia, colocando os agentes económicos nacionais em pé de igualdade e ao nível dos seus concorrentes europeus, nos mercados onde atuam.

Apoio COMPETE

Promovido pela ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias das Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins no âmbito do Sistema de Apoio a Acções Colectivas, o projeto envolveu um investimento elegível de 154 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 108 mil euros.

Tarefas desenvolvidas no âmbito do projeto

Para assegurar o cumprimento destes objetivos foram previstas várias ações no domínio da Informação e Representação de PME, nomeadamente, nas áreas de informação de gestão orientada para PME’s e de representação em organizações comunitárias e internacionais.

Para que seja possível manter os agentes económicos nacionais, especialmente as PME’s, informados e esclarecidos sobre os requisitos normativos aplicáveis aos seus produtos, utilizando a normalização como instrumento de apoio à inovação e de acesso a mercados competitivos, foi absolutamente relevante a participação dos peritos nacionais nas reuniões internacionais dos comités técnicos de carácter normativo, para assegurar a defesa dos interesses nacionais, particularmente das PME’s, quando as normas estavam em preparação e votação. Seguidamente, e porque o foco está centrado nas PME’s e nas suas dificuldades, importava facilitar ao máximo o mecanismo de adaptação dos produtos aos novos requisitos para que estes sejam integrados nos processos de conceção/desenvolvimento. Para tal, considerou-se fundamental a tradução de documentos normativos europeus e internacionais nos domínios de intervenção do ONS-ABIMOTA. Na execução do projeto foi também considerado relevante, aferir de que forma as alterações introduzidas ou simplesmente as características dos produtos existentes cumpriam as normas e a legislação aplicável. Neste ponto, foram realizados ensaios de experimentação pro-normativa no sentido de determinar a conformidade dos produtos face aos requisitos aplicáveis. A identificação dos ensaios a realizar foi definida dando prioridade aos ensaios contemplados nas normas referidas em Directivas Comunitárias, neste caso específico a Directiva 2001/95/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 3 de Dezembro de 2001, relativa à segurança geral dos produtos (Texto relevante para efeitos do EEE).

Para que o trabalho efetuado pudesse chegar aos destinatários finais, ou seja, os agentes económicos e ao público em geral, foram elaboradas brochuras e realizadas ações de divulgação de âmbito regional (uma vez que grande parte dos agentes económicos se situam na região onde se localiza a ABIMOTA) e nacional, nomeadamente, seminários e artigos em jornais regionais.

Outras informações de interesse

Das ações mais relevantes deste projeto destaca-se sem dúvida a participação nas reuniões europeias e internacionais dos comités técnicos de normalização (CEN/TC 333 e ISO/TC 149) e a elaboração das versões portuguesas de normas europeias e internacionais.

Durante a execução do projeto a ABIMOTA esteve presente em 8 reuniões, tal como indicado na Tabela 1 e foram elaboradas as versões portuguesas de 15 documentos normativos.

Tabela 1 – Presença em Reuniões dos Comités Técnicos

Testemunho

Segundo Paulo Rodrigues, Secretário Geral da ABIMOTA, a participação neste projeto (ONS) permitiu à ABIMOTA-LEA participar nas reuniões decisivas num momento crucial para a indústria de duas rodas a nível europeu e mundial:

1. É neste período que são lançadas as bases da transposição de um quadro de normas europeu (CEN) para mundial (ISO)
2. Esta participação permitiu desenvolver um conjunto de outras atividades pré normativas e pré competitivas que permitem hoje às empresas saber quais as normas em vigor até 2020 e adequar os seus produtos a essas normas num contexto europeu e mundial
3. Permitiu por sua vez, que o LEA, Entidade do Sistema Cientifico e Tecnológico, adapta-se os seus laboratórios de testes a esta realidade e essa informação contribuiu para hoje poder servir a indústria nacional ao nível da inovação, desenvolvimento e certificação de produto para diferentes mercados, numa lógica de conformidade, primeiro e de adequação às exigências dos diferentes clientes.
4. Sendo um trabalho menos visível tem a sua quota parte no facto de em 2014 termos alcançado o melhor ano de sempre das exportações do sector, com uma produção superior a 1,6 milhões de unidades e mais de 250 milhões de euros de exportações, alcançando Portugal o Estatuto de 3º Maior Produtor Europeu.

Acessibilidades e design inclusivo

Não sendo uma área ainda com tanta expressão em termos de mercado e negócios, a área das acessibilidades e design inclusivo, em que é mais difícil de existir um consenso que leve à definição de um enquadramento normativo, é também uma das áreas em que a informação gerada, partilhada e divulgada no âmbito do projeto se revelou estruturante de alguns dos referenciais normativo deste sector que esperamos brevemente ajudem ao crescimento e consolidação destas atividades que são consideradas prioritárias no próximo quadro comunitário Portugal 2020 onde a Inclusão é uma das palavras chave.