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Quão avançado é o seu país no domínio digital? Novos dados revelam os avanços necessários para uma Europa digital

26.02.2015
  • Europa

Existem muitas oportunidades no mundo digital à espera de serem exploradas em benefício dos cidadãos e das empresas europeus. Desde fazer compras ou estudar em linha, a pagar contas ou utilizar serviços públicos através da Internet, a Web é a resposta se estiverem reunidas as condições adequadas.

É esta a conclusão do novo Índice de digitalidade da economia e da sociedade elaborado pela Comissão Europeia e apresentado a 24 de fevereiro de 2015. Os dados mostram que a relação dos países com o mundo digital varia em toda a UE e que as fronteiras continuam a ser um obstáculo à criação de um verdadeiro mercado único digital — uma das principais prioridades da Comissão Juncker.

O novo instrumento apresentado hoje oferece uma visão, por país, da conectividade (quão abrangente, rápida e acessível nos preços é a banda larga), das competências digitais, da participação em atividades em linha – desde ler notícias a fazer compras – e de como as tecnologias digitais fundamentais (como as faturas eletrónicas, os serviços em nuvem, o comércio eletrónico, etc.) e os serviços públicos digitais, tais como a administração pública e a saúde em linha, estão a ser implementados. Os dados remontam, na sua maioria, a 2013 e de 2014 e proporcionam uma panorâmica do nível de digitalidade da Europa, incluindo as classificações dos países mais avançados em matéria digital.

São estas as principais conclusões do índice de digitalidade da economia e da sociedade:

A experiência digital depende do país onde se vive — o desempenho varia entre os países do topo da classificação em matéria digital, como a Dinamarca (com uma pontuação de desempenho digital de 0,68 em 1), e os países com um menor desempenho em matéria digital, como a Roménia (com uma pontuação de desempenho digital de 0,31). Para informações mais pormenorizadas, consultar as fichas de cada país.

 

 

A maior parte dos europeus utiliza a Internet regularmente: 75 % em 2014 (72 % em 2013), variando entre 93 % no Luxemburgo e 48 % na Roménia.

Os europeus são entusiastas do acesso a conteúdos audiovisuais em linha: 49 % dos europeus que navegam na Internet jogaram ou descarregaram jogos, imagens, filmes ou música. 39 % dos agregados familiares que têm televisor dispõem de serviços de vídeo a pedido.

As pequenas e médias empresas (PME) enfrentam dificuldades no que respeita ao comércio eletrónico: apenas 15 % das PME vendem em linha — e apenas menos de metade destas efetua vendas em linha transfronteiras.

Os serviços públicos digitais fazem parte do quotidiano de alguns países mas são praticamente inexistentes noutros: 33 % dos utilizadores europeus da Internet utilizaram formulários em linha para enviar informações a autoridades públicas, variando entre 69 % na Dinamarca e 6 % na Roménia. 26 % dos médicos de clínica geral da Europa utilizam receitas eletrónicas para enviar receitas aos farmacêuticos através da Internet, mas esta utilização varia entre 100 % na Estónia e 0 % em Malta.

Andrus Ansip, vice-presidente responsável pelo mercado único digital, afirmou: «Estes números mostram que a Europa está a tornar-se digital e que os europeus estão a beneficiar de importantes novos serviços. A grande maioria dos europeus está em linha: os cidadãos querem aceder a conteúdos em linha, pelo que é preciso facilitar-lhes esse acesso. Um mercado único digital pode dar-lhes um acesso mais amplo, ajudar as empresas a inovar e a crescer e promover a confiança em serviços em linha, em domínios como a administração pública ou as operações bancárias. A Comissão Europeia vai contribuir para tornar tudo isto possível.»

Günther H. Oettinger, Comissário da Economia e Sociedade Digitais, referiu: «O índice de digitalidade revela uma mudança radical na forma como as pessoas veem filmes: continuam a seguir as suas séries favoritas na televisão, mas um número considerável – 40 % – também utiliza serviços de vídeo a pedido e vê filmes em linha. Temos de nos adaptar às necessidades dos cidadãos e temos de pensar em adaptar as nossas políticas».

O índice de digitalidade reveste-se de particular importância, uma vez que a Comissão Europeia está a preparar a sua estratégia para o mercado único digital, a ser apresentada em maio. Esta estratégia visa a criação de condições adequadas para que os cidadãos e as empresas europeus possam aproveitar melhor as grandes oportunidades trazidas pela tecnologia digital além fronteiras. Através da criação de um mercado único digital, a Europa poderá gerar 250 mil milhões de euros de crescimento suplementar e centenas de milhares de novos postos de trabalho, nos próximos cinco anos.

Contexto geral

O índice de digitalidade da economia e da sociedade (IDES) vai ser apresentado hoje no fórum Digital4EU em Bruxelas (com cobertura audiovisual disponível do discurso do vice-presidente Andrus Ansip @Ansip_EU e dodiscurso do Comissário Günther H. Oettinger @GOettingerEU (à tarde)).

O índice combina mais de 30 indicadores e utiliza um sistema de ponderação para classificar cada país, com base no seu desempenho digital. É um instrumento analítico que fornece a matéria-prima para a implantação da estratégia para o mercado único digital.

Para calcular a pontuação global de um país, foi fixada, por peritos da Comissão Europeia, uma ponderação específica para cada conjunto e subconjunto de indicadores. A conectividade e as competências digitais («capital humano»), considerados os alicerces da economia e sociedade digitais, contribuem, cada uma, com 25 % para a pontuação total (a pontuação máxima para o desempenho digital é de 1). A integração de tecnologias digitais representa 20 %, dado que a utilização das TIC pelas empresas é um dos mais importantes motores do crescimento. Por último, as atividades em linha («utilização da Internet») e os serviços públicos digitais contribuem, cada um, com 15 %. A ferramenta em linha do IDES é flexível e permite aos utilizadores experimentar as diferentes ponderações de cada indicador e ver de que modo estas afetam a classificação geral.

Os novos dados incluídos no IDES apresentado hoje contribuirão para o painel de indicadores da Agenda Digital, que a Comissão Europeia publica anualmente com o intuito de avaliar a forma como os países estão a avançar no sentido dos objetivos fixados na Agenda Digital para a Europa. O próximo relatório do painel de indicadores da Agenda Digital está previsto para o verão de 2015.

IP/15/4475

 Fonte: Comissão Europeia


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