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Quatro portugueses vão receber 5,6 milhões de euros para financiamento de investigação fundamental

24.07.2013
  • Europa

O Conselho Europeu de Investigação selecionou 287 dos melhores cientistas em início de carreira para financiamento no âmbito do seu 6.º Concurso para Subvenções de Arranque, permitindo-lhes assim realizar investigação fundamental de ponta. 

Logo European Research Council
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Cinco destes investigadores estão baseados em Portugal, entre os quais quatro investigadoras portuguesas;

  • Carla Fernandes da  Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa,
  • Mara Freire Martins da Universidade de Aveiro,
  • Marta Moita da Fundação Champalimaud e
  • Ana Cristina Santos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

As quatro investigadoras vão receber cerca de 5,6 milhões de euros.

O quinto investigador é o suíço Reto Gassman do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto.

Os investigadores beneficiarão de um financiamento total de cerca de 400 milhões de euros, com subvenções num valor que pode atingir 2 milhões de euros ao longo de um período máximo de cinco anos. A concorrência neste concurso de prestígio continuou a aumentar, tendo-se este ano registado um aumento de 50% na procura global de subvenções. Verificou-se igualmente um aumento na percentagem de mulheres investigadoras selecionadas, que passou de 24% para 30% entre todos os candidatos. Este Concurso para Subvenções de Arranque foi o último ao abrigo do 7.º Programa-Quadro de Investigação da UE (7.º PQ).

Os próximos convites serão realizados no âmbito do novo Programa de Investigação e Inovação da UE «Horizonte 2020», que prevê um aumento substancial do financiamento do Conselho Europeu de Investigação (ERC).

Os projetos selecionados abrangem uma vasta gama de tópicos, tais como a conceção de uma defesa costeira única contra maremotos, o desenvolvimento de radioterapia de alta tecnologia que pode ajudar os doentes com cancro da cabeça e pescoço, a investigação sobre monitorização em tempo real da poluição atmosférica por tecnologia de GPS ou a produção de novas tecnologias fotovoltaicas de baixo custo e mais eficazes.

Nas palavras de Máire Geoghegan-Quinn, Comissária Europeia responsável pela Investigação, Inovação e Ciência: «O Conselho Europeu de Investigação mudou o panorama da investigação no que diz respeito aos jovens talentos e elevou o nível científico em toda a Europa. Está a financiar investigação fundamental que permite progressos nos conhecimentos humanos, mas também a gerar descobertas que poderão futuramente passar a fazer parte do nosso quotidiano. O ERC é atualmente um rótulo de excelência reconhecido e continuará a consolidar-se no âmbito do Programa-Quadro Horizonte 2020.»

O presente convite suscitou 3.329 de propostas, o que representa um aumento de 50% em relação ao grupo correspondente no ano anterior. Devido a um aumento substancial da concorrência, foram selecionados apenas 9% dos candidatos. As subvenções estão a ser concedidas a investigadores de 34 nacionalidades, acolhidos em 162 instituições em toda a Europa. As Subvenções de Arranque visam investigadores de qualquer nacionalidade com 2-7 anos de experiência após a conclusão do seu doutoramento (ou grau equivalente) e com um percurso científico muito promissor. A média etária dos investigadores selecionados neste 6.º Concurso é de cerca de 34 anos.