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Riopele

03.09.2012
  • Incentivos às Empresas
  • Inovação

A aposta na diferenciação numa empresa têxtil vertical.

Apostar na investigação e desenvolvimento de produtos e processos para aumentar a competitividade da empresa, justificam o projecto da Riopele ao COMPETE.

As origens do Grupo Riopele remontam ao ano de 1927, à margem do Rio que deu nome à marca. O moinho de outrora deu lugar a uma superfície coberta superior a 139 mil metros quadrados que está inserida numa área total construída de 170 mil metros quadrados. A capacidade produtiva da empresa excede 1 milhão de metros de tecido por mês.

Uma empresa têxtil que se manteve vertical, integrando as áreas de fiação, tecelagem, da tinturaria e dos acabamentos e que à lógica da marca própria respondeu através da compra da VICRI e da criação da Riopele Fashion, a Riopele aposta fortemente nos mercados internacionais o que envolve a aposta contínua no desenvolvimento de novos produtos respondendo aos concorrentes.

Com o projecto de investimento apoiado pelo COMPETE, envolvendo um investimento elegível de 25 milhões de euros correspondendo a um incentivo FEDER de 8 milhões de euros, a empresa pretendeu aumentar o volume de produção, o volume de vendas, diversificar exportações e paralelamente diminuir custos energéticos e emissão de gases de estufa, ou seja, produzir mais e melhor.

O projecto permitiu minimizar algumas fragilidades, nomeadamente a dificuldade em executar produtos de maior valor acrescentado, a dificuldade de controlar o processo produtivo, o nível de serviço, os "lead-times" e competitividade dos preços e o elevado gasto energético da fábrica no seu todo.

Consciente da impossibilidade de competir com os chineses ou com os indianos em matéria de preço, a Riopele aposta no desenvolvimento de segmento elevado e ultra-luxo, o que passa pelo recurso a novas tecnologias e novas matérias-primas.O trabalho ao nível de desenvolvimento de produtos é complementado com a adopção de novos sistemas produtivos com maior capacidade de flexibilização, com maior eficiência produtiva, menores custos de produção, menor custo de não qualidade e uma maior capacidade de produção de produtos com um maior valor acrescentado.

Na área de internacionalização, comercialização e de Marketing, a estratégia da empresa apostou em novos meios de comunicação adaptados às realidades actuais, onde a exigência por parte dos clientes é muito elevada, em estudos de prospecção de novos mercados e analise das grandes tendências de evolução do Consumo, Retalho, Distribuição.

O projecto envolve ainda o investimento em novos sistemas de tratamento de águas residuais, assim como em sistemas de protecção de ruídos.  A estratégia é diminuir por um lado os custos energéticos mensais e por outro lado optimizar a central de cogeração (utilizando outras fontes de energia mais limpas), com o intuito de produzir mais energia. Pretende-se diminuir o consumo de energia eléctrica, aumentado por outro lado a sua produção e diminuindo a emissão de gases para a atmosfera.

Num contexto de crise, a Riopele exportará este ano cerca de 100% da sua produção e pode empregar mais de 100 novos trabalhadores.