Pela primeira vez, podem candidatar-se ao título cidades de toda a Europa com mais de 100 000 habitantes. Anteriormente, a população mínima admissível era de 200 000 habitantes. Esta alteração significa que o prémio está hoje ao alcance de mais de 400 cidades em toda a Europa.
As vantagens do título de Capital Verde da Europa começam por um ambiente mais limpo, a que se aliam novos empregos e investimentos, e incluem um acréscimo no turismo, com os benefícios decorrentes de uma cobertura mediática internacional positiva e de mais patrocínios para projetos ambientais.
O Comissário Europeu responsável pelo ambiente, Janez Potocnik, declarou: «O prémio Capital Verde da Europa evidencia os esforços a nível local para melhorar o ambiente urbano e promover um desenvolvimento sustentável. No momento em que lançamos o concurso para a sétima Capital Verde da Europa (2016), gostaria de incentivar as cidades de menor dimensão a candidatarem-se e a aproveitarem esta oportunidade para analisar e destacar os seus êxitos a nível ambiental e planear um futuro sustentável para os seus cidadãos.»
O prémio pretende:
- Reconhecer cidades que apresentem um historial bem estabelecido de respeito por padrões ambientais elevados
- Estimular as cidades a assumirem metas ambiciosas em relação ao futuro melhoramento do ambiente e ao desenvolvimento sustentável
- Inspirar outras cidades através de novas ideias, melhores práticas e experiências.
As candidaturas serão avaliadas em função de 12 indicadores:
- atenuação das alterações climáticas e adaptação aos seus efeitos;
- transportes locais;
- zonas verdes urbanas que integram uma utilização sustentável do solo;
- natureza e biodiversidade;
- qualidade do ar ambiente;
- qualidade do ambiente acústico;
- produção e gestão de resíduos;
- gestão da água;
- tratamento de águas residuais;
- ecoinovação e emprego sustentável;
- eficiência energética;
- gestão ambiental integrada.
O concurso está aberto aos Estados-Membros da UE, aos países em vias de adesão ou candidatos (Croácia, Antiga República Jugoslava da Macedónia, Islândia, Montenegro, Sérvia e Turquia) e aos países membros do Espaço Económico Europeu. As candidaturas podem ser apresentadas por via eletrónica no sítio Web www.europeangreencapital.eu.
O prazo de candidatura para o título de 2016 termina a 17 de outubro de 2013.
O galardão é atribuído por um júri europeu, com o apoio de um painel de peritos de renome em diversos domínios ambientais. A cidade vencedora será anunciada em junho de 2014.
Antecedentes
O prémio Capital Verde da Europa resulta de uma iniciativa de cidades dotadas de visão ecológica. O conceito foi originalmente delineado numa reunião realizada em Táline, na Estónia, a 15 de maio de 2006, por iniciativa de Jüri Ratas, antigo Presidente da Câmara Municipal de Táline, tendo 15 cidades europeias e a Associação de Cidades da Estónia assinado um memorando de entendimento comum relativo à instituição deste prémio.
Seis cidades — Estocolmo, Hamburgo, Vitória-Gasteiz, Nantes, Copenhaga e Brístol — foram já galardoadas, de 2010 a 2015, respetivamente. A Capital Verde de 2015, Brístol, foi anunciada na passada sexta-feira, em Nantes, aquando da cerimónia anual de atribuição do prémio.
A sociedade europeia é hoje essencialmente urbana, com três em cada quatro europeus a viverem em vilas ou cidades. Muitos dos problemas ambientais que a nossa sociedade enfrenta têm origem nas zonas urbanas, mas são também essas zonas que congregam o empenho e a inovação necessários para os resolver. O prémio Capital Verde da Europa foi concebido como iniciativa destinada a reconhecer esforços, incentivar as cidades a tomarem novas medidas e servir de exemplo e de estímulo para o intercâmbio das melhores práticas entre as cidades europeias.
Além de inspirar outras cidades, este perfil acrescido pode realçar a reputação da cidade vencedora e a sua atratividade como destino de visita, de trabalho e de residência.