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Strategic Trends

03.02.2014
  • Compete , Pólos e Clusters
  • Acções Colectivas

O projeto que visa desenvolver uma estratégia coletiva integrada no plano de ação aprovado no âmbito da estratégia de eficiência coletiva, Tecnologias de Produção do pólo de competitividade e tecnologia PRODUTECH - Associação para as Tecnologias de Produção Sustentável.

Strategic Trends
Strategic Trends

APOIO DO COMPETE

Submetido pela AEP - Associação Empresarial de Portugal, o projeto “strategic trends” contou com o apoio do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade, no âmbito do SIAC (Sistema de Apoio a Acções Colectivas).

O investimento elegível é de 419 mil euros, correspondendo a um incentivo FEDER de 294 mil euros.
A AEP lançou-se nesta iniciativa consciente que o contexto português é rico em exemplos de sucesso com efeito de Fenix. O maior problema que se tem vindo a assistir é de facto a baixa capacidade de antecipação nas mudanças organizativas e de atuação no Mercado (Estratégia do Negócio) nos momentos de alteração do paradigma, tal como o que se vive na atualidade. Assim a AEP sentiu a necessidade de dar uma resposta adequada a esta situação, permitindo que as PME adquiram maior visão coletiva, que lhes permita fortalecer e criar as bases consistentes, para que este fado se inverta. A Associação Empresarial de Portugal assume que o papel das instituições Associativas e do SCTN (Sistema Cientifico e Tecnológico Nacional) se torna fundamental para apoiar, informar, ajudar e cooperar com as PME, de modo a permitir criar condições que permitam, que as empresas, adotem estratégias competitivas, para se tornarem mais resistentes e resilientes face aos riscos associados às conjunturas incertas e/ou adversas.

A AEP partiu de informação recolhida, em Portugal, que identificava que a grande maioria das empresas (PME) não usa, qualquer tipo de, modelos de reflexão e análise estratégica formal, quer no ato da sua constituição, quer durante o período de exploração normal.

Uma outra constatação, de partida, da AEP é que o nosso território é dos países que mais empreende na Europa, ocupando mesmo o quarto lugar do ranking de criação de empresas. Mas está também está no topo do 'ranking' dos países em que as empresas têm maior taxa de mortalidade. (dados apresentados no VIII Encontro PT Negócios/Diário Económico)

Foi neste contexto que surgiu o projeto Strategic Trends: o de proporcionar às empresas um conjunto de ferramentas para interpretar as mudanças em curso e auxiliar as suas tomadas de decisão estratégicas e operacionais, neste ambiente de incerteza.

A AEP sabe que não é possível adivinhar qual o rumo que a economia mundial tomará até 2020, mas apenas perceber que um conjunto de caminhos são possíveis e quais as implicações que cada um desses rumos terá.

O Strategic Trends, com base na recolha de visões prospetivas de um grupo alargado de entidades reconhecidas internacionalmente construiu um conjunto de cenários para o ambiente de negócios no futuro. Todos estes cenários são igualmente prováveis de acontecer mas têm implicações profundas e divergentes para a vida das empresas.

Esta abordagem permite desta que cada empresário possa ler os sinais de mudança que se apresentam a cada dia e determinar para que cenário ou cenários se deverá melhor preparar. Existe um conjunto alargado de estratégias é possível de seguir. O projeto procurou tipifica e traduzir as diferentes estratégias empresariais numa linguagem simples e direta, enquadrando-as nos cenários traçados, constituindo um instrumento de auxílio à decisão estratégica.

O Strategic Trends apresenta e organiza num único documento as diferentes estratégias dos  Pólos e Clusters, formando um atlas estratégico nacional. Conhece-lo permitirá às empresas determinar de que forma poderão alinhar a sua própria estratégia com a do Polo ou Cluster em que melhor se enquadram.

A AEP procurou ainda dotar as empresas de instrumentos para ajudar a interpretar toda a informação disponível e definir e operacionalizar a sua estratégia. Para tal foi construída uma ferramenta online, baseada na metodologia do Balanced Scorecard, constitui-se ainda como um instrumento potenciador de rede, formando um ponto de encontro comum entre empresas, pólos e clusters.

SÍNTESE

A missão do projeto “strategic trends” pode resumir-se à conceção de um atlas de desenvolvimento estratégico do PRODUTECH - Pólo das Tecnologias de Produção, partindo da análise do mercado até às estratégias empresariais de âmbito funcional baseada numa abordagem cruzada do tipo top down - a partir da emissão de pareceres de especialistas de projeção internacionais - e bottom up - com base em levantamento a realizar junto dos principais sectores da indústria transformadora nacional, assim como dos pólos e dos clusters aprovados.

Este atlas deverá, também, refletir as principais tendências e numa cenarização a 10 anos, passível de apropriação para aplicação pelas empresas e sectores através de um trabalho de adaptação e desenvolvimento.

Tendo em conta o perfil do promotor - a AEP - e a sua visão empresarial focalizada na procura, os eixos basilares do “strategic trends” não poderão deixar de ter como base a leitura do mercado, numa lógica de avaliação de potencial e tendências de desenvolvimento.

O projeto suporta-se na clara compreensão dos 3 vértices do desenvolvimento do Mercado:

  • Procura - não existe atividade empresarial sem uma oferta adequada às necessidades do mercado, pelo que a sua compreensão clara e detalhada constitui a pedra basilar para qualquer estratégia de desenvolvimento.
  • Competências - uma vez analisado o mercado, interessa identificar e desenvolver as capacidades/competências essenciais para poder apresentar produtos/serviços com perceção clara de valor pelo cliente. Qualquer processo de desenvolvimento, que implique a entrada em novos segmentos e/ou mercados, acarreta processos de endogeneização de novas competências.
  • Recursos - podem ser vistos como a materialização das condições para a satisfação das necessidades de um mercado com base nas competências disponíveis. Os recursos assumem diversas formas e categorias, sendo que na era do conhecimento é o Capital Humano, o recurso mais importante. 

Existem diversas iniciativas projetadas para a operacionalização dos 3 eixos anteriormente referidos. Fruto desta conglomeração, é essencial emergir um conjunto de estratégias. No entanto, tendo em conta a heterogeneidade das origens tecnológicas das empresas que o compõem, torna-se crítico a definição de um racional estratégico comum que promova o desenvolvimento orientado de todas as entidades pertencentes ao cluster de modo a potenciar o seu desenvolvimento sustentado.

A necessidade de uma visão transversal do ponto de vista empresarial, torna a AEP um parceiro de referência, neste tipo de abordagens onde o que se pretende estudar é a evolução esperada dos modelos de gestão.

Ficha Resumo do Projeto

Designação:      Strategic Trends      
Domínio de Intervenção: Inovação e Empreendedorismo
Área de Intervenção: Inovação tecnológica, organizacional e de marketing
Área de Projeto: Novas práticas de difusão de inovação tecnológica, organizacional e marketing junto das PME

ENQUADRAMENTO

Pode-se dizer que a transformação da indústria europeia e nacional passa pelo upgrade tecnológico e estratégico de valor dos sectores mais tradicionais, pela dinamização de novos sectores industriais em áreas emergentes e também pela criação de grandes empresas (ou grupos de empresas) de dimensão global, capazes de ancorar e desenvolver redes de negócio especializadas, dificilmente replicáveis pelas economias concorrentes.

Por outro lado, todas estas alterações exigem alterações mais ou menos profundas nos modelos de negócio, métodos de gestão e processos, e implicam a utilização de novas estratégias funcionais, ferramentas e tecnologias de suporte que são em muitos casos bastante horizontais a vários desses sectores.

Existe por isso, uma necessidade de mercado real para o desenvolvimento de novas estratégias funcionais, sistemas e aplicações informáticas, assim como de novos serviços e novos modelos de negócio, capazes de apoiar o processo de transformação industrial.

DESCRIÇÃO

O projeto “Strategic Trends” visa desenvolver uma estratégia coletiva integrada no plano de ação aprovado no âmbito da estratégia de eficiência coletiva, Tecnologias de Produção do Pólo de Competitividade e Tecnologia PRODUTECH - Associação para as Tecnologias de Produção Sustentável, nomeadamente no que refere ao desenvolvimento de "projetos horizontais que visam criar competências, ultrapassar limitações ou realizar ações de natureza transversal a todas as (ou a grande maioria das) entidades participantes neste Pólo".

A Estratégia de Eficiência Coletiva (EEC) promovida pelo PCT PRODUTECH atua do lado da oferta, ou seja, está vocacionada para as empresas produtoras de tecnologia de produção, visando o fomento da inovação, qualificação e modernização das empresas produtoras e utilizadoras de tecnologias para a produção, através de um conjunto de novas tecnologias de produção (máquinas, sistemas, aplicações informáticas, serviços de engenharia, etc.), inovadores e tecnologicamente avançados, capazes de proporcionar aos principais sectores utilizadores da indústria Portuguesa, vantagens competitivas sustentáveis.

A EEC inerente ao projeto “Strategic Trends” visa atuar do lado da procura, ou seja, das empresas clientes ou utilizadoras do sector industrial produtor de tecnologia, através da identificação e caracterização das principais, tendências estratégicas, nacionais e internacionais, associadas aos aspetos funcionais empresariais, numa perspetiva transversal, horizontal e comum ao maior número de sectores que tenham significativa relevância e potencial económico nacional, colaborando para:

  • fornecer um guia estratégico, para as empresas, dos sectores envolvidos, individualmente poderem utilizar como referencial na definição das suas próprias orientações estratégicas.
  • transmitir uma visão prospetiva das orientações susceptíveis de serem seguidas pela procura, permitindo uma adaptação estratégica adequada da oferta representada pelas empresas produtoras de tecnologia e do próprio  PCT PRODUTECH na definição das estratégias de inovação e desenvolvimento a adotar.
  • apoiar o desenvolvimento sustentado da indústria Portuguesa.

Ao promover a definição de opções estratégias funcionais transversais para o conjunto da indústria nacional e ao apoiar a sua concretização e implementação, o projeto contribuirá para os objetivos estratégicos do PRODUTECH, bem como de outros Pólos de Competitividade e Tecnologia (PCT) , uma vez que:

  • Dinamizará a definição e a implementação de estratégias de desenvolvimento empresariais, por parte das empresas e sectores, o que constitui uma informação importante para o desenvolvimento do programa de ação dos PCT.
  • Induzirá, através dessas novas estratégias, investimento por parte das empresas, nomeadamente em tecnologias de produção, o que irá criar novas oportunidades de negócio para a respetiva fileira.

OBJECTIVOS

• Desenvolver uma base de conhecimento estratégico sectorial, que permita o desenvolvimento sustentado das empresas;

• Endogeneizar o conhecimento "state of the art"para as empresas dos PCT;

• Aumentar a massa crítica a nível do “pensamento estratégico” das empresas;

• Reduzir o "gap" entre os métodos de gestão empresarial emergentes e as práticas correntes nas empresas nacionais;

• Aumentar a predisposição para práticas de gestão voltadas para o mercado e suportadas na colaboração interempresarial, inovação e intra-empreendorismo;

• Contribuir para que o tecido empresarial adote as estratégias mais adequadas de procura previsível ao nível dos seus projetos de inovação e desenvolvimento;

• Contribuir para o aumento da competitividade do tecido económico nacional com particular enfoque nas Pequenas e Médias Empresas.

ACTIVIDADES

  • Recolha e processamento de informação sobre mercados (market Intelligence): acesso a bases de informação sobre tendências e evolução dos mercados mais relevantes, análise e disponibilização desta informação aos parceiros.
  • Definição estratégica global: definição das principais opções estratégicas para a fileira das tecnologias de produção, em estreita colaboração com os vários sectores utilizadores envolvidos, cabendo depois a cada empresa a definição das respetivas estratégias específicas.
  • Roadmap e vigilância tecnológicos: desenvolvimento de um trabalho de roadmaping tecnológico e acompanhamento dos desenvolvimentos relevantes (vigilância).
  • Formação em estratégia e marketing: capacitação para os quadros dirigentes e superiores.
  • Desenvolvimento de uma plataforma de informação de suporte em plataforma Web que permita a atualização e a participação ativa das diversas entidades nos processos de definição estratégica e roadmaping.

RESULTADOS ESPERADOS

  • O envolvimento nas ações de levantamento discussão e análise prospetiva de cerca de 100 entidades entre empresas, pólos, clusters e associações sectoriais.
  • O acesso direto e indireto (via portal) ao Atlas e às ferramentas de apoio à decisão e implementação de cerca de 250.000 quadros e empresários que representarão aproximadamente 100.000 empresas de Pequena e Média Dimensão.
  • Contribuir para a melhoria da competitividade do tecido empresarial nacional sobretudo das PME, quer:

- diretamente, pela melhoria da sua gestão estratégica (pela adoção de estratégias funcionais) que potencie a eficácia da organização, a inovação organizacional e de marketing, a formação de redes para permitir uma dimensão crítica para poderem competir num mercado global e reduzir o risco associado ao processo de internacionalização;
- indiretamente, através de uma melhor coordenação das atividades dos Pólos e Clusters, nos seus esforços de inovação e desenvolvimento de novas tecnologias, adaptadas ao novo ciclo de desenvolvimento.

  • Contribuir para o aumento das exportações ajudando a aumentar a abertura aos mercados externos da economia nacional.
  • Contribuir para o fomento da empregabilidade e do empreendedorismo por facilitar uma visão estratégica atualizada às empresas e a todos os que pretendem iniciar a sua caminhada como empresários.

ACOMPANHAMENTO

Eis os indicadores de medição dos efeitos após projeto que serão acompanhados:

  1. N.º de Entidades, empresas, pólos, clusters e associações sectoriais envolvidas nos esforços de levantamento e análise estratégica. 
  2. N.º de empresários e quadros que acederam ao Atlas e utilizaram as Ferramentas complementares disponibilizadas pelo projeto.
  3. N.º de empresas que acederam ao portal para solicitarem apoio e informação.
  4. N.º de empresas que vieram a adotar orientações estratégicas promovidas pelo ATLAS.

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Por: Cátia Silva Pinto | Núcleo de Comunicação e Imagem

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.