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São 8 as empresas portuguesas presentes na Têxtil House

30.07.2012
  • Qualificação à PME

Tradição e inovação é o mote das colecções que vão ser apresentadas no Brasil.  Uma armada de luxuosas coleções de têxteis-lar criadas a partir de técnicas ancestrais e materiais nobres.

Na rota dos seus gloriosos antepassados, Vianatece, Têxteis Íris, Jotabe, A. Ferreira & Filhos, AMR Internacional, J. F. Almeida, Têxteis Evaristo Sampaio e Safártêxtil partem à reconquista do Brasil com uma armada de luxuosas coleções de têxteis-lar criadas a partir de técnicas ancestrais e materiais nobres.
 
Os oito expositores portugueses presentes na segunda edição da Têxtil House apostaram tudo no binómio tradição e inovação para criar coleções originais, sofisticadas e na vanguarda das tendências da moda e do design.
 
A Vianatece integrou ainda a ecologia e a reciclagem de matérias e o resultado foi um produto sustentável, diferenciado, de inspiração etnográfica e muito rico cultural e artisticamente. Apesar de produzidos em teares artesanais, os famosos “tapetes de trapos” da Vianatece são completamente contemporâneos e urbanos. O saber acumulado ao longo de gerações também foi utilizado pela Têxteis Íris nas suas magníficas toalhas de mesa jacquard em linho trabalhado com técnicas resgatadas do passado e que conferem aos produtos uma leveza e suavidade ímpares.    
 
A oferta de roupa de cama “made in Portugal” é também vasta e requintada, como provam as propostas da AMR Internacional, da Safártêxtil e da Jotabe, que privilegiaram as matérias-primas nobres, as tecelagens com fios tintos, os estampados em percal ou cetim e uma paleta de cores refinada. A linha de cobertores “Cashmere Soft Design” da centenária marca Lordelo, pertencente à Têxteis Evaristo Sampaio, e a gama de mantas em jacquard, intársia ou dupla face da Homania, marca detida pela da A. Ferreira & Filhos, conferem o toque final de sofisticação à roupa de cama.
 
A excelente reputação dos felpos portugueses está, por seu lado, muito bem representada pela J. F. Almeida, um dos nomes mais fortes no setor, cuja coleção propõe um conceito assente num classicismo intemporal com notas de modernidade nas estruturas, texturas e desenhos. A empresa especializada em roupa de banho optou ainda por matérias-primas naturais, nomeadamente algodão e o linho, assim como por uma combinação de tons neutros com cores contrastantes. 
 
Os têxteis-lar portugueses estão a conquistar cada vez mais compradores no Brasil, tendo conhecido um aumento das exportações nos últimos anos. Apesar de um volume de exportação ainda diminuto (cerca de 500 mil euros em 2011), os produtos “made in Portugal” estão a crescer, sobretudo, nas categorias de tapeçarias (mais 24,9% do que em 2010) e cortinados, cortinas e estores, sanefas e reposteiros (mais 24,3%).
 
Para além da qualidade conhecida e reconhecida mundialmente, a estratégia das empresas portuguesas de têxteis-lar para ganhar quota no mercado brasileiro passa pela aposta na marca própria. «Os objetivos da Letheshome passam pela introdução da marca no Brasil. Consideramos que a Textil House é o nosso trampolim para um mercado tão expectante como a América do Sul» afirma Sérgio Peixoto, diretor da Vianatece. «Com esta nossa segunda presença na feira, pretendemos dar maior visibilidade às nossas marcas 1986 e Innovar», reitera Pedro Lobato, administrador da Jotabe, que estabeleceu uma parceria com a A. Ferreira & Filhos «no sentido do desenvolvimento integrado de conceitos de lifestyle comuns». Noël Ferreira, administrador da A. Ferreira & Filhos, explica que «é o segundo ano que a A. Ferreira & Filhos e a Jotabe participam na Têxtil House, mas é a primeira vez em parceria» e diz-se expectante para «ver como reage o público à fusão de produto das duas empresas em conceitos comuns».
 
O mercado brasileiro continua a ser um dos mais promissores, graças a uma economia que deverá continuar em forte crescimento: 4% no quarto trimestre de 2012 e acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013, segundo o Banco Central do Brasil. Razões que por si só justificam a apetência da indústria de têxteis-lar portuguesa, com uma forte vocação internacional, por este mercado. «Temos expetativas altas na sequência do desenvolvimento e expansão do mercado brasileiro nos últimos anos» revela Sérgio Mendes, diretor comercial da Têxteis Íris, acrescentando que «traçámos como objetivo a continuação do trabalho iniciado há já alguns anos e, se possível, a angariação de novos clientes Uma vez que estamos implementados no Brasil com stock, os alvos são os lojistas, para além dos grandes grupos de venda». Já Ana Maria Ribeiro, administradora da AMR Internacional, espera que esta segunda participação na Têxtil House represente «mais um passo para reforçar a imagem e posição da empresa no mercado brasileiro».
 
No espaço de um ano, Portugal duplicou o número de expositores na Têxtil House. Para as estreantes no principal certame do Brasil dedicado aos têxteis-lar, e no próprio mercado brasileiro, o objetivo é «efetuar uma prospeção de mercado de forma a poder aferir do verdadeiro potencial do mercado, identificar os clientes-alvo e, a partir daí, poder delinear as melhores estratégias que permitam a introdução dos nossos produtos no mercado brasileiro», indica Paulo Pacheco, diretor comercial da J. F. Almeida. «Os objetivos são a penetração no mercado brasileiro e a procura de representantes», confirma João Paulo Sampaio, administrador da Têxteis Evaristo Sampaio. «Queremos tomar o “pulso” a este tão potencial quanto difícil mercado, em todas as suas vertentes; como nos estruturar no sentido de conseguir uma penetração efetiva. Para isto, temos que perceber como funciona e obviamente como deve ser trabalhado», conclui Vasco Pereira, sócio-gerente da Safártêxtil.
  
Estas oito empresas portuguesas estão presentes na Têxtil House com o apoio da Associação Selectiva Moda no âmbito do projeto From Portugal financiado por fundos comunitários (QREN). Esta feira é uma das 68 ações internacionais em 25 mercados distintos, direcionadas para as áreas de fios, tecidos e acessórios, moda, têxteis-lar e decoração e têxteis técnicos, que a associação portuguesa está a realizar em 2012, num investimento total de 8,85 milhões de euros.